Um policial civil foi o centro de uma confusão entre instituições na manhã desta terça-feira em Porto Alegre.
Tudo começou por volta das 10h30min, quando o inspetor Afonso Cunha, da Delegacia de Homicídios, foi visto dirigindo um Pálio prata em alta velocidade na Rua José de Alencar, no bairro Menino Deus.
Uma viatura da Brigada Militar avistou o veículo e desconfiou da atitude, saindo em perseguição e pedindo apoio a uma segunda viatura e mais duas motos. Na rótula do Papa, cruzando a Avenida Erico Verissimo, o carro foi abordado. Cunha teria colocado o sinal luminoso para cima do carro e também acionado o sonoro, se identificando como policial em diligência.
Ainda suspeitando do fato, os brigadianos consultaram a placa do Pálio no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) e se certificaram de que se tratava mesmo de um policial civil. Disseram terem sido desacatados e pararam o veículo de Cunha novamente, mais adiante, na Rua Santana.
O policial teria mostrado o distintivo. Neste momento, uma confusão se armou no local. Dezenas de policiais militares foram até lá. Delegados da Polícia Civil teriam escutado pelo rádio da polícia sobre o bate-boca e teriam comparecido também na segunda abordagem.
A confusão seguiu até a porta do Palácio da Polícia, chamando a atenção de quem passava pela rua.
Cada instituição guarda a sua versão do fato. A Brigada Militar diz que o inspetor desacatou os colegas, dizendo palavrões ao se livrar da primeira abordagem, e que passou cinco sinais vermelhos em alta velocidade até a Santana.
— Ele passou vários sinais vermelhos. Quando foi abordado, penas colocou o kojak (luminoso da polícia) para fora do carro e fez sinal de positivo, mas isto não quer dizer nada. Qualquer um poderia estar com um equipamento destes. Além de não dar os dados dele, ainda disse palavras de desacato e furou a barreira montada, saindo novamente em alta velocidade, cantando pneu — disse o tenente Paulo Roberto Nunes, do 1° Batalhão da Polícia Militar (BPM).
O delegado Arthur Raldi, da 6ª Delegacia de Homicídios, diz que ambas as versões serão registradas na Delegacia de Pronto Atendimento da Polícia Civil e que sindicâncias serão abertas para apontar possíveis excessos das duas partes. Raldi lamentou o episódio:
— O Ciosp já havia confirmado se tratar de um policial. Aí, os brigadianos realizaram uma segunda abordagem, provavelmente, porque se sentiram desacatados e apontaram uma arma para a cabeça de um colega. A sociedade não precisa passar por isto. Interromperam uma via pública para resolver um problema que poderia ter sido resolvido de outra maneira. Isto expõe a opinião de funcionários, não a das instituições — complementou o delegado
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