sexta-feira, 28 de junho de 2013

Coronel do Exército afirma que o Brasil está a três passos da guerra civil



Segue o artigo do Coronel na íntegra:
Os rumos que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina.
Falta ainda homologar no Congresso e unir as várias reservas indígenas em uma gigantesca, e declarar sua independência. Isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola. Talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.
O MST se desloca como um exército de ocupação. As invasões do MST são toleradas, e a lei não aplicada. Os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja: a convulsão social. Este conflito parece inevitável.
O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.
Pela primeira vez em muito tempo, está havendo alguma discussão sobre a segurança nacional. Isto é bom, mas sem identificarmos corretamente as ameaças, não há como nos preparar para enfrentá-las.
A crise econômica e a escassez de recursos naturais poderão conduzir as grandes potências a tomá-los a manu militari, mas ainda mais provável e até mais perigosa pode ser a ameaça de convulsão interna provocada por três componentes básicos:
— a divisão do povo brasileiro em etnias hostis;
— os conflitos potenciais entre produtores agrícolas e os movimentos dito sociais;
— e as irreconciliáveis divergências entre ambientalistas e desenvolvimentistas.
Em certos momentos chega a ser evidente a demolição das estruturas políticas, sociais, psicológicas e religiosas, da nossa Pátria, construídas ao largo de cinco séculos de civilização cristã. Depois, sem tanto alvoroço, prossegue uma fase de consolidação antes de nova investida.
Isto ainda pode mudar, mas infelizmente os rumos que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina. Em havendo, nossa desunião nos prostrará inermes, sem forças para nos opormos eficazmente às pretensões estrangeiras.
A ameaça de conflitos étnicos, a mais perigosa pelo caráter separatista
A multiplicação das reservas indígenas, exatamente sobre as maiores jazidas minerais, usa o pretexto de conservar uma cultura neolítica (que nem existe mais), mas visa mesmo a criação de "uma grande nação" indígena. Agora mesmo assistimos, sobre as brasas ainda fumegantes da Raposa-serra do Sol, o anúncio da criação da reserva Anaro, que unirá a Raposa/São Marcos à Ianomâmi. Posteriormente a Marabitanas unirá a Ianomâmi à Balaio/Cabeça do Cachorro, englobando toda a fronteira Norte da Amazônia Ocidental e suas riquíssimas serras prenhes das mais preciosas jazidas.

O problema é mais profundo do que parece; não é apenas a ambição estrangeira. Está também em curso um projeto de porte continental sonhado pela utopia neomissionária tribalista. O trabalho de demolição dos atuais Estado-nações visa a construção, em seu lugar, da Nuestra América, ou Abya Yala, idealizado provavelmente pelos grandes grupos financistas com sede em Londres, que não se acanha de utilizar quer os sentimentos religiosos quer a sede de justiça social das massas para conservar e ampliar seus domínios. O CIMI, organismo subordinado à CNBB, não cuida da evangelização dos povos indígenas segundo o espírito de Nóbrega, Anchieta e outros construtores de nossa nação. Como adeptos da Teologia da Libertação, estão em consonância com seus colegas que atuam no continente, todos empenhados na fermentação revolucionária do projeto comuno-missionário Abya Yala.
O processo não se restringe ao nosso País, mas além das ações do CIMI, a atuação estrangeira está clara:
— Identificação das jazidas: já feito;
— atração dos silvícolas e criação das reservas sobre as jazidas: já feito;
— conseguir a demarcação e homologação: já feito na maior parte;
— colocar na nossa Constituição que tratados e convenções internacionais assinados e homologados pelo congresso teriam força constitucional, portanto acima das leis comuns: já feito;
— assinatura pelo Itamarati de convenção que virtualmente dá autonomia à comunidades indígenas: já feito.
Falta ainda homologar no congresso e unir as várias reservas em uma gigantesca e declarar a independência, e isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
O perigo não é o único, mas é bastante real. Pode, por si só, criar ocasião propícia ao desencadeamento de intervenções militares pelas potências carentes dos recursos naturais — petróleo e minérios, quando o Brasil reagir.
Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola
A UnB foi contratada pelo Governo para fazer o mapa dos quilombolas. Por milagre, em todos os lugares, apareceram "quilombolas". No Espírito Santo cidades inteiras, ameaçadas de despejo. Da mesma forma em Pernambuco. A fronteira no Pará virou um quilombo inteiro.
Qual o processo? Apareceram uns barbudos depiercings no nariz, perguntando aos afro-descendentes: "O senhor mora aqui?" "Moro." "Desde 1988?" (o quilombola que residisse no dia da promulgação da Constituição teria direito à escritura). "Sim". "Quem morava aqui?" "Meu avô." "Seu avô por acaso pescava e caçava por aqui?" "Sim" "Até onde?" "Ah, ele ia lá na cabeceira do rio, lá naquela montanha." "Tudo é seu." E escrituras centenárias perdem o valor baseado num direito que não existe. Não tenho certeza de que isto não seja proposital para criar conflitos.

Tem gente se armando, tem gente se preparando para uma guerra. Temos de abrir o olho também para esse processo, que conduz ao ódio racial. Normalmente esquerdistas, talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.
Certamente isto vai gerar conflitos, mas até agora o movimento quilombola não deu sinal de separatismo.
Os Conflitos Rurais — talvez os primeiros a eclodir
O MST se desloca como um exército de ocupação, mobilizando uma grande massa de miseráveis (com muitos oportunistas), dirigidos por uma liderança em parte clandestina. As invasões do MST são toleradas e a lei não aplicada. Mesmo ciente da pretensão do MST de criar uma "zona livre", uma "república do MST" na região do Pontal do Paranapanema, o Governo só contemporiza; finge não perceber que o MST não quer receber terras, quer invadi-las e tende a realizar ações cada vez mais audaciosas.
É claro que os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja; a convulsão social, contando, talvez, com o apoio de setores governamentais como o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo Pedro Stédile: "O interior do Brasil pode transformar-se em uma Colômbia. A situação sairá de controle, haverá convulsões sociais e a sociedade se desintegrará."
Este conflito parece inevitável. Provavelmente ocorrerá num próximo governo, mas se ficar evidente a derrota do PT antes das eleições, é provável que o MST desencadeie suas operações antes mesmo da nova posse.
O ambientalismo distorcido, principal pretexto para uma futura intervenção estrangeira
Já é consenso que o ambientalismo está sendo usado para impedir o progresso, mesmo matando os empregos Caso se imponham os esquemas delirantes dos ambientalistas dentro do governo, com as restrições de uso da terra para produção de alimentos, um terço do território do País ficará interditado a atividades econômicas modernas.
Há reações, dos ruralistas no interior do País, nas elites produtivas e até mesmo em setores do governo, mas as pressões estrangeiras tendem a se intensificar. Se bem que raramente o meio ambiente serviu de motivo para guerra, hoje claramente está sendo pretexto para futuras intervenções, naturalmente encobrindo o verdadeiro motivo, a disputa pelos escassos recursos naturais.
No momento em que a fome ronda o mundo, o movimento ambientalista, a serviço do estrangeiro, mas com respaldo do governo e com apoio de uma massa urbana iludida, chama de "terra devastada" àqueles quadrados verdejantes de área cultivada, que apreciamos ver na Europa e nos Estados Unidos, e impede a construção de hidrelétricas para salvar os bagres. Com a entrada da Marina Silva na disputa eleitoral, nota-se, lamentavelmente, que todos os candidatos passarão a defender o ambientalismo, sem pensar se é útil para o País.
A três passos da guerra civil
O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.
Várias fontes de conflito estão para estourar, dependendo da radicalização das más medidas, particularmente do Ministério da Justiça:
— Roraima não está totalmente pacificada;
— o Mato Grosso do Sul anuncia revolta em função da decisão da Funai em criar lá novas reservas indígenas;
— no Rio Grande, os produtores rurais pretendem reagir às provocações do MST;
— Santa Catarina ameaça usar a PM para conter a fúria ambientalista do ministro Minc, que queria destruir toda a plantação de maçã.
Uma vez iniciado um conflito, tudo indica que se expandirá como um rastilho de pólvora. Este quadro, preocupante já por si, fica agravado pela quase certeza de que, na atual conjuntura da crise mundial o nosso País sofrerá pressões para ceder suas riquezas naturais — petróleo, minérios e até terras cultiváveis — e estando dividido sabemos o que acontecerá, mais ainda quando uma das facções se coloca ao lado dos adversários como já demonstrou o MST no caso de Itaipu.
Bem, ainda temos Forças Armadas, mas segundo as últimas notícias, o Exército (que é o mais importante na defesa interna) terá seu efetivo reduzido. Será proposital?
Que Deus guarde a todos vocês.
O cel. Gelio Fregapani é escritor, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.
Fonte: Conservadorismo Brasil.

Câmara de Vereadores de Santa Maria está ocupada há três dias

Às 17h desta sexta-feira, completam-se três dias de ocupação da Câmara de Vereadores de Santa Maria. Havia a expectativa de que o presidente da Câmara, Marcelo Bisogno (PDT), entrasse com um pedido de reintegração de posse _ o que obrigaria os manifestantes a deixarem a Casa. Até o momento, este pedido não foi feito no Fórum de Santa Maria.
Em entrevista ao Diário, Bisogno explicou que não pretende entrar com o pedido de reintegração de posse porque ainda acredita que é possível buscar o entendimento por meio de um diálogo aberto com os manifestantes.
Bisogno reiterou que só irá tratar das reivindicações dos manifestantes que ocupam a Casa no momento em que o prédio do Legislativo for totalmente desocupado. O presidente pede, também, um documento que explique os motivos pelos quais querem a saída do procurador-jurídico, Robson Zinn. O pedetista afirma que, no sábado, se o Legislativo for desocupado, irá convidar os líderes dos manifestantes para uma reunião com os vereadores para, então, tratar das pautas.
Os manifestantes, por outro lado, aguardam uma visita do presidente da Câmara na sede do Legislativo e respostas às reivindicações do grupo: fim dos trabalhos da atual CPI da Kiss, a renúncia de três vereadores da base aliada _ Sandra Rebellato (PP), Maria de Lourdes Castro (PMDB) e Tavores Fernandes (DEM), além da exoneração de Zinn e o impeachment do prefeito Cezar Schirmer.
Os manifestantes pedem, também, a volta do passe livre. Todas as reivindicações foram publicadas em uma carta-manifesto.
>> As tentativas de negociação na Câmara de Vereadores de Santa Maria
O estopim da crise que resultou na ocupação do prédio da Câmara por vários grupos representativos de Santa Maria (Diretório Central dos Estudantes da UFSM, Movimento Santa Maria do Luto à Luta, Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria, Associação dos Servidores da Universidade Federal de Santa Maria PSol e PSTU) foi a divulgação de uma gravação em que integrantes da CPI da Kiss - Maria de Lourdes Castro e Tavores - conversam sobre a atitude de Sandra em chamar algumas pessoas para depor. Esses depoimentos poderiam comprometer o governo Schirmer.
Até o momento, manifestantes e a presidência da Casa estão em um impasse. Os primeiros não saem enquanto não tiverem as reivindicações atendidas, e o segundo alega que só poderá tomar providências quando o Legislativo estiver desocupado.
>> Confira, no blog Ao Vivo, tudo o que acontece na Câmara

Prefeito de Santa Maria emite nota oficial

NOTA OFICIAL - Manifestação do prefeito Cezar Schirmer

Toda crítica ou protesto, contra quem quer que seja, deve ser acolhido como uma contribuição ao aperfeiçoamento institucional e democrático do país e da participação da cidadania, exceto quando afronta a lei e a ordem democrática, como foi o caso da invasão e posterior ocupação da Câmara de Vereadores de Santa Maria.

Curiosa e coincidentemente invadida e ocupada após o anúncio da minha ida à CPI, como já fiz indo à comissão da Câmara dos Deputados, ao Ministério Público e à Polícia Civil e como fizeram todos os servidores e secretários da Prefeitura Municipal de Santa Maria, convidados ou convocados para depor. Parece que alguns não querem ouvir o que não lhes interessa.

A gravação, que teve sua divulgação precedida de um caráter bombástico, revelou-se, no entanto, com um conteúdo irrelevante, com avaliações e opiniões pessoais normais em conversas privadas e comentários sobre declarações atribuídas a outros, obtidas de forma escusa e adredemente preparada.

Registre-se e reitere-se, mais uma vez, que a Prefeitura Municipal, o prefeito, os secretários e os servidores não têm nada a esconder, nada a temer, agem e agiram com absoluta transparência e lisura.

Por fim, muitos me cobram que tenho falado pouco. E é verdade, pois penso que o meu primeiro dever, além da transparência, é trabalhar muito, como tenho feito, dar o exemplo de equilíbrio e serenidade, acalmando os ânimos, na convicção que tenho que a exacerbação do partidarismo, do sensacionalismo e dos conflitos não nos permitem criar o ambiente de serenidade, coesão, normalidade institucional, trabalho e de multiplicação dos esforços de todos na direção da paz e da reconstrução do nosso futuro.

O tempo é o senhor da razão e da afirmação da verdade plena. Continuamos todos da prefeitura e na cidade solidários às famílias das vítimas e dos sobreviventes e a disposição de quem quer que seja, com transparência e sem sensacionalismo para a apuração de responsabilidades públicas ou privadas, doa a quem doer.
Cezar Augusto Schirmer
Prefeito Municipal de Santa Maria

Ocupação da Câmara de Vereadores deve ter desfecho nesta sexta-feira Nota oficial divulgada ontem pela Mesa Diretora do Legislativo deixa claro o caminho para um pedido de reintegração de posse do prédio

A ocupação da Câmara de Vereadores de Santa Maria por manifestantes que exigem o fim da CPI da Kiss e a exoneração do procurador jurídico da Casa, Robson Zinn, deve ter um desfecho nesta sexta-feira.
— A gente está no limite. Tentamos o diálogo até agora e ainda quero mais uma tentativa, mas chegamos em uma encruzilhada. Fui desautorizado pela Mesa Diretora ontem à noite de tomar qualquer decisão sozinho. A posição da Mesa é que se não for acolhida a solicitação de entrega do imóvel para que, depois disso, a pauta de reivindicação seja debatida, serão tomadas as medidas cabíveis — informou o presidente da Câmara de Vereadores, Marcelo Bisogno (PDT)
>>> Acompanhe o Blog Ao Vivo
O vereador não informou quando, mas deixou claro que sua posição é encaminhar o caso para a Procuradoria jurídica do Legislativo. Bisogno informou ainda que irá se reunir com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Maria para mais uma tentativa de negociação ainda nesta manhã.
À frente das negociações desde que o prédio foi ocupado, o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira, mostrou-se bastante contrariado com a situação nesta manhã. Segundo ele, os manifestantes limparam o Plenário e liberaram o local para que os vereadores fossem até lá conversar. Mas ninguém apareceu.
— Temos uma pauta legítima, que nem sequer foi discutida. Estamos buscando o entendimento, mas não vamos sair daqui sem que, pelo menos uma de nossas exigências sejam atendidas. Cedemos até no prazo. Queríamos a exoneração imediata do procurador, e aceitamos que isso seja feito em até 30 dias. Mas nem assim houve entendimento. Se eles querem chamar a Brigada Militar, estarão provocando a segunda tragédia de Santa Maria. Perdemos 242 jovens na boate Kiss. Outros 700 ficaram feridos — afirmou Adherbal.
Há três dias, Bisogno e Adherbal vêm conversando por telefone para chegar a um acordo, mas não houve uma sinalização que o prédio possa ser desocupado ou que a pauta dos manifestantes será atendida.
Estopim da crise foi a divulgação de gravação
O estopim da crise que resultou na ocupação do prédio da Câmara por vários grupos representativos de Santa Maria (Diretório Central dos Estudantes da UFSM, Movimento Santa Maria do Luto à Luta, Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria, Associação dos Servidores da Universidade Federal de Santa Maria PSol e PSTU) foi a divulgação de uma gravação em que integrantes da CPI da Kiss — a presidente Maria de Lourdes Castro (PMDB) e o vice Tavores Fernandes (DEM) — conversam sobre a atitude da relatora Sandra Rebelato (PP) em chamar algumas pessoas para depor. Esses depoimentos poderiam comprometer o governo Schirmer.
Às 17h de terça-feira, um protesto organizado por vários grupos acabou na frente da Câmara de Vereadores, que passou a ser ocupada. Desde então, o expediente foi suspenso, e só vereadores da oposição foram ao local conversar com os manifestantes. A negociação com a Mesa Diretora, formada pela maioria de vereadores da base governista, tem sido feita por telefone.
As duas principais reivindicações dos manifestantes é que a CPI seja extinta, e procurador jurídico da Casa, Robson Zinn, deixe o cargo. No entendimento dos manifestantes, Zinn teria articulado para que a CPI fosse formada por vereadores da base governista do prefeito Cezar Schirmer.
Nota divulgada pela Mesa Diretora da Câmara de Vereadores à meia-noite de quinta-feira:
"Os vereadores responsáveis pela eleição da Mesa Diretiva (PMDB — PP — DEM — PDT - PTB — PR) reunidos decidem reconhecer de forma pública os esforços da presidência do Poder Legislativo na busca do entendimento para viabilizar um consenso em relação às demandas apresentadas. Lamentavelmente, não se viabilizou o desocupação do espaço através do diálogo com os manifestantes que estão na sede do Poder Legislativo a mais de 50 horas. Qualquer pauta de reivindicação apenas será discuta após a liberação do prédio público. Assim sendo, solicitam aos manifestantes a desocupação voluntária da CMVSM. Não sendo acolhida a solicitação de entrega do imóvel público, serão tomadas as medidas cabíveis.
Santa Maria, 27 de junho de 2013.
Anita Costa Beber, Deili Silva, João Carlos Maciel, João Kaus, Maria de Lourdes Castro, Marta Zanella, Marcelo Zappe Bisogno, Paulo Airton Denardin, Sandra Rebelato, Sergio Roberto Cechin, Ovidio Mayer e Tavores Fernandes

quinta-feira, 27 de junho de 2013

MUDA BRASIL - FAZ SENTIDO

Manifestação em homenagem às vítimas da Kiss reúne 700 pessoas no Centro de Santa Maria 5 meses da tragédia na Kiss veja as fotos









Manifestação em homenagem às vítimas da Kiss reúne 700 pessoas em Santa Maria Nesta quinta-feira, completam-se cinco da tragédia que matou 242 pessoas

Cerca de 700 pessoas participam de uma manifestação em homenagem às vítimas da boate Kiss.
A manifestação saiu da Catedral Metropolitana, na Avenida Rio Branco, e seguiu até a Rua do Acampamento. Embaixo do Viaduto Evandro Behr, familiares e amigos de vítimas se deitaram sob a pista e soltaram balões com sementes dentro.
Nesta quinta, dia 27, completam-se cinco meses da tragédia.
A manifestação estava prevista para as 17h. Por volta das 17h25, apenas cerca de 30 pessoas se encontravam no local.
Logo depois, perto das 18h30min, mais de 700 pessoas segundo a Brigada Militar integravam a manifestação.
Promovida pela Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), a caminhada homenageia as 242 vítimas do incêndio na boate.
Familiares chegaram à Catedral com cartazes e camisetas de homenagens às vítimas. A Cruz Vermelha acompanha a manifestação com duas ambulâncias.

Familiares de vítimas da Kiss se manifestarão nesta quinta-feira, em Santa Maria Associação acredita que mais de mil pessoas irão participar da passeata em homenagem as 242 vítimas

Na quinta-feira, dia 27, completam-se cinco meses da tragédia na boate Kiss, e a Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) promoverá uma manifestação pelas ruas da cidade.
Conforme o presidente da entidade, Adherbal Alves Ferreira, familiares e amigos das vítimas irão se reunir em frente a Catedral, no centro, a partir das 17h. Logo após, sairão, em caminhada, em direção a rua do Acampamento.
De acordo com o presidente da AVTSM, 242 pessoas irão se deitar no viaduto do Behr, representando as vítimas da tragédia. Eles levarão balões, com sementes de árvores em seu interior.
A intenção é germinar, afirma Adherbal, sentimentos bons e puros, em nome dos filhos. No local, após o ato, ocorrerá o já tradicional minuto de palmas.
Às 19h30min, haverá um culto ecumênico na Basílica da Medianeira.
— Esperamos de mil a 2 mil pessoas nesse ato — acredita Ferreira.

CINCO MESES DA TRAGÉDIA

Familiares de vítimas do incêndio programam manifestação na quinta   BLOG AO VIVO:

Frequentadores da Kiss depõem e falam sobre o incêndio e reformas na casa noturna Jovens foram questionados no segundo dia de audiências, na Justiça Estadual, em Santa Maria

Nesta quinta-feira, segundo dia de depoimentos dos sobreviventes da boate Kiss, no Salão do Júri do Fórum de Santa Maria, até as 14h dois frequentadores do local foram questionados pelos advogados de defesa e de acusação.
Cerca de 30 pessoas acompanharam a audiência, assim como dois réus do processo criminal, Luciano Bonilha Leão e Marcelo Jesus dos Santos.
No primeiro depoimento, o de um jovem que disse já ter estado na casa noturna por duas vezes, os interrogatórios foram principalmente sobre como ele realizou os resgates aos sobreviventes. Ele relatou, por cerca de 75 minutos, que estava próximo ao palco na hora em que o fogo começou.
_ Vi que um rapaz estava com um sinalizador e ergueu para o teto. Pegou fogo como um isqueiro em um papel, de modo uniforme _ afirmou o sobrevivente.
Os advogados de defesa e de acusação focaram no salvamento das demais vítimas, desde a saída do jovem para a rua até as entradas na boate para resgatar pessoas. Ele também foi questionado sobre a atuação dos bombeiros. Conforme o jovem, cerca de 10 militares estavam no local, mas que a maioria das pessoas que entrou na boate para o resgate eram civis.
A segunda sobrevivente a prestar depoimento, por cerca de um hora, foi uma jovem que afirmou frequentar o local há bastante tempo. Os advogados de ambas as partes fizeram perguntas sobre as reformas no local, e ela garantiu que sempre existiu somente uma porta para a saída das pessoas. Ela ainda relatou que foi uma das primeiras pessoas a sair à rua na hora do incêndio, e que teve ajuda de uma segurança da boate.
Ainda para esta quinta-feira, estão previstos os relatos de 11 pessoas. A audiência segue durante o dia.

>>> Cerca de 20 pessoas acompanham depoimentos de sobreviventes da tragédia

Manifestantes liberam o Plenário e convidam vereadores ao diálogo Ocupação da Câmara de Vereadores já chega a 43 horas

Um minuto depois de o presidente da Câmara de Vereadores de Santa Maria, Marcelo Bisogno (PDT), afirmar ao vivo na Rádio Gaúcha que não desapareceu desde que o prédio foi ocupado e está mantendo o diálogo com os manifestantes, a afirmação foi rebatida.
O presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira, que está no local desde o começo da ocupação, disse não entender o motivo de os vereadores não aceitarem o convite para uma reunião.
_ O Plenário está limpo e liberado. Estamos ocupando apenas as cadeiras, um direito do povo. Os vereadores podem começar uma sessão agora. Não entendo porquê eles não vêm conversar com a gente. Não somos animais. Somos pessoas de bem que querem estabelecer o diálogo _ disse ao vivo Adherbal Ferreira.
Desde que a Câmara dos Vereadores foi ocupada, às 17h de terça-feira, os vereadores não foram ao local. Eles reiteraram, por meio da imprensa e notas oficiais, que só falarão com os manifestantes depois que eles desocuparam o local. Por sua vez, os manifestantes dizem que só deixam o local depois que forem atendidos em pelo menos uma de suas reivindicações. Entre as principais, estão a dissolução da CPI da Kiss e a demissão do procurador-jurídico da Câmara, Robison Zinn.
A Câmara foi ocupada depois do vazamento da gravação de uma conversa entre os integrantes da CPI. Os manifestantes dizem que há evidências claras que a CPI estava protegendo o prefeito Cezar Schirmer quando sua finalidade seria investigar a participação do Poder Público no incêndio da boatee.
O presidente da OAB Santa Maria, Péricles Lamartine Palma da Costa, informou que está acompanhando a situação na Câmara de Vereadores e podera atuar como mediador da situação. Segundo ele, uma reunião foi agendada às 14h com os representantes dos movimentos que representam os manifestantes.

>> Acompanhe, no blog Ao Vivo, a cobertura durante a ocupação da Câmara

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Câmara deve seguir ocupada. Confira no blog Ao Vivo:





Ocupação de manifestantes na Câmara de Vereadores de Santa Maria completa 24 horas Protestantes dormiram no plenário do Legislativo

Perto das 17h desta quarta-feira, a Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria estará há 24 horas ocupada por manifestantes que reivindicam o fim dos trabalhos da CPI da Kiss, a renúncia dos integrantes da base governista _ Maria de Lourdes Castro (PMDB), Tavores Fernandes (DEM) e Sandra Rebelato (PP)_, e a criação de uma nova comissão parlamentar de inquérito, que teria apenas vereadores da oposição.
Além disso, os manifestantes pedem a exoneração do procurador-jurídico Robson Zinn e, igualmente, a cassação do prefeito Cezar Schirmer (PMDB).
A ocupação tem o apoio de membros da Associação dos Familiares, Vítimas e Sobreviventes da Tragédia em Santa Maria.

>> Confira a cobertura no blog Ao Vivo
A sessão da Câmara foi interrompida, ainda na tarde de terça-feira à tarde, por cerca de 1,1 mil manifestantes. Ao longo da madrugada, pelo menos 250 pessoas passaram a noite na sede do Legislativo. Perto das 16h desta quarta-feira, cerca de 300 pessoas ocupam o local.
Havia uma expectativa de que o presidente da Câmara, Marcelo Bisogno (PDT), pedisse reintegração de posse do prédio, porém, o parlamentar preferiu manter um diálogo com os manifestantes.
Eles aguardam o resultado de uma reunião entre os vereadores marcada para às 16h _ em local não informado _ para dar uma resposta às reivindicações.

>>> Presidente da Câmara, às 2h, disse que manifestantes poderiam dormir no local
>>> Como foi a madrugada na Câmara de Vereadores
>>> Gravação polêmica: confira o áudio que compromete a CPI da Kiss e que levou à ocupação na Câmara
>>> Nessa terça-feira, manifestantes sairam da Praça Saldanha Marinho e ocuparam a Câmara


terça-feira, 25 de junho de 2013

Câmara dos Deputados derruba PEC 37 Pressionados pelos protestos no país, muitos parlamentares mudaram de opinião e resolveram manter os poderes de investigação do MP

Pressionados pela população que foi às ruas com milhares de cartazes, os deputados federais colocaram em pauta e rejeitaram por ampla maioria a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37 na noite desta terça-feira, em sessão extraordinária. Foram 430 votos contra a iniciativa e apenas 9 favoráveis. Também foram registradas duas abstenções.
A medida, que retirava os poderes de investigação do Ministério Público, foi interpretada pela sociedade como um afrouxamento em favor dos corruptos.
O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), procurou acelerar a votação em detrimento dos discursos. Na tribuna, alguns deputados chegaram a reconhecer que estavam mudando de posição devido à pressão da população contra a PEC 37. Outros parlamentares os acusaram de hipócritas, apesar de saudarem a sua "capacidade de ouvir o povo".
— A Câmara se encontra com o povo. O povo está nas ruas clamando contra corrupção, exigindo educação de qualidade, mais saúde, transporte coletivo barato e dizendo: 'basta de impunidade'. Como poderia essa Casa virar as costas a essa multidão que ganhou às ruas do país — afirmou da tribuna o deputado federal Vieira da Cunha (PDT-RS), procurador do Ministério Público licenciado para exercer o mandato.
A PEC 37 era defendida por delegados de Polícia Civil, que entendiam ter a exclusividade da investigação junto com a Polícia Federal. A OAB também defendeu a retirada dos poderes de investigação do Ministério Público. Mas a pressão da população, simpática às investigações contra a corrupção movidas pelo Ministério Público, forçou uma mudança de opiniões. Promotores e procuradores do órgão de controle poderão continuar investigando e participando dos júris, um dos focos de crítica da rejeitada PEC 37.
Ao final da votação, confirmada a rejeição da medida, estudantes e membros do Ministério Público que estavam no Plenário da Câmara dos Deputados comemoraram a decisão cantando o hino nacional

GRAVAÇÃO POLÊMICA: ouça na íntegra o áudio

CPI DA KISS

GRAVAÇÃO POLÊMICA: ouça na íntegra o áudio

CPI DA KISS

GRAVAÇÃO POLÊMICA: ouça na íntegra o áudio

A gravação foi feita por um assessor durante uma reunião da CPI, que já foi entregue à polícia e ao Ministério Público. O áudio, com 42 minutos e 47 segundos, foi gravado durante reunião dos vereadores Maria de Lourdes Castro (PMDB), Dr. Tavores (DEM) e por um assessor dele, Amilcar Rocha, que teria feito a gravação, em princípio, sem o conhecimento dos presentes.
No áudio, o grupo deixa claro a insatisfação com o posicionamento da vereadora Sandra Rebelato (PP), relatora da CPI, que estaria agindo contra a vontade da comissão.
Trechos da gravação:
"Ela pediu que não podia dar em nada (a CPI da Kiss), porque chegaria não sei aonde", diz o assessor na gravação, referindo-se a uma declaração de Sandra.
"Vamos jogando porque vai chegar no Mânica (referindo-se ao secretário de Relações de Governo e Comunicação, Giovani Mânica), e chegando no Mânica, vai chegar no prefeito (Cezar Schirmer)", diz Maria de Lourdes, também referindo essa declaração à Sandra.
Em outro trecho, Maria de Lourdes reclama de novo de Sandra: "De repente, eu não sei se ela começou a andar por aí e vê (sic) que as pessoas estão cobrando posicionamento nosso (...) E aí, ela começou a fazer essas loucuras".
Maria de Lourdes aponta que a postura de Sandra estaria constrangendo a CPI e a questiona sobre a falta de ação do procurador-jurídico da Casa, Robson Zinn (que também é presidente do PMDB), em "segurar" os ímpetos de Sandra Rebelato.
"Se for para (sic) o prefeito, azar o dele. Ninguém mandou se cercar de gente incompetente (...) Pra mim, chega!", reclama Maria de Lourdes.
No final da conversa que foi gravada, o assessor Amilcar ainda discute o possível custo político da CPI: "Vai chegar no final (...), o custo político vai ser muito grande".

Protesto em Santa Maria desta terça-feira, dia 25








Novo protesto ocorre nesta terça-feira à tarde, em Santa Maria Concentração se inicia às 16h30min na Praça Saldanha Marinho venha pra as ruas vamos tentar mudar o brasil vem pra as ruas


A partir das 16h30min, a Diário SM faz cobertura ao vivo da manifestação de hoje, na cidade. Fique ligado: www.diariosm.com.br

A partir das 16h30min, a Diário SM faz cobertura ao vivo da manifestação de hoje, na cidade. Fique ligado: www.diariosm.com.br





A partir das 16h30min, a Diário SM faz cobertura ao vivo da manifestação de hoje, na cidade. Fique ligado: www.diariosm.com.br

Novo protesto ocorre nesta terça-feira à tarde, em Santa Maria Concentração se inicia às 16h30min na Praça Saldanha Marinho venha pra as ruas vamos tentar mudar o brasil vem pra as ruas

O terceiro protesto pela redução da tarifa do transporte coletivo marcado em Santa Maria deve ocorrer na tarde desta terça-feira. Após mais de 30 mil pessoas irem às ruas no último sábado, os organizadores das manifestações convocaram, novamente, a população santa-mariense.
A concentração segue sendo na Praça Saldanha Marinho, desta vez, às 16h30min. Nas redes sociais, mais de 2,2 mil pessoas haviam confirmado presença no ato público até as 20h30min desta segunda-feira.
O trajeto seria definido na noite de ontem entre o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) — que encabeça o movimento — e entidades da cidade, apoiadoras dos protestos.
No ato desta terça, o coordenador geral do DCE, Alex Monaiar, salienta que as principais bandeiras levantadas na cidadeestarão presentes de novo.
A redução do preço da passagem, justiça no caso Kiss e reforma política são as principais reivindicações. Na tarde desta terça-feira, os organizadores irão comunicar o trajeto a Brigada Militar.
— Sabemos que esse ato será menor que o de sábado, mas não menos importante. Estamos preparando um movimento diferente dos outros dias — conta Monaiar.
Representantes do Sindicado dos Lojistas (Sindilojas) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) afirmam que não há orientação para os lojistas fecharem o comércio.
O superintendente de Trânsito e Transportes do Gerência Municipal de Trânsito (GMT), Silvio Souza, afirmou que o efetivo estará preparado, mas ainda não tinha novidades em relação ao interrompimento do trânsito.
Na Região Central os movimentos também prometem agitar as cidades. Em Restinga Seca, cerca de 500 pessoas confirmaram presença no protesto. O ato ocorrerá às 17h30min na Praça Domingos Mostardeiro, no Centro. Os restinguenses sairão às ruas pedindo  investimentos em saúde, educação, segurança e transporte.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Bebê viaja 270 quilômetros para ser internado em UTI, após espera de cinco dias

Um bebê teve que viajar 270 quilômetros para ser internado em UTI pediátrica, após uma espera de cinco dias. Natural de Pelotas, Icaro Otavio Silveira Loff, de dois meses, entrou para a emergência pediátrica no Pronto Socorro Municipal de Pelotas na quinta-feira. Ele teve complicações derivadas de uma bronquiolite e chegou a ter duas paradas cardíacas, de acordo com a família. Com estado grave, precisava ser deslocado para uma UTI pediátrica com urgência.
No entanto, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, não havia leitos. No sábado, a família entrou com uma ordem judicial para ser internado dentro de 24 horas. Mesmo com o pedido, o Estado só encontrou vaga para o menino nesta segunda-feira. Inicialmente, ele seria levado a Lajeado mas, mais tarde, foi definido que ele viajaria até Canoas, a cerca de 270 quilômetros de distância. A família e o paciente chegaram à cidade da Região Metropolitana no início da noite de segunda-feira
— No sábado, houve uma suspeita de gripe A na criança. E a orientação para esses casos é internar em leitos de isolamento pediátricos, porém só há cinco deles no Estado, que estavam ocupados. Foi preferível esperar o resultado do exame, que chegou na noite de domingo, para ver qual medida tomar. O resultado foi negativo e assim conseguimos um leito de UTI pediátrica regular em Lajeado, pois os da região Sul seguiam lotados — explica o coordenador da 3ª Coordenadoria Regional da Secretaria Estadual de Saúde, Milton Martins.
A mãe e dona de casa Rosana Teixeira Silveira, 19 anos, acompanhou a criança. O pai Jeferson Edivino Oliva Loff, 23 anos, e o avô João Carlos Pla Silveira, 61 anos, fizeram o trajeto de carro.
— Com certeza é um gasto enorme, com acomodação na cidade, com advogado para entrar na Justiça e tudo mais. Mas o pior de tudo é a situação que colocam meu filho, sem atendimento adequado. Isso é um absurdo — desabafou o pai.
A falta de leitos em UTI pediátrica e neonatal é uma situação recorrente no Estado. Zero Hora já noticiou o caso do bebê Diego, em março deste ano, que demorou três dias para conseguir leito, ele foi de Santa Vitória do Palmar até Porto Alegre. Situação semelhante ocorreu na mesma cidade com o caso da mãe de gêmeos Elisiane San Martins. Em novembro de 2011, ela teve de viajar mais de 500 quilômetros para dar à luz os bebês.

Descobertas de planetas semelhantes à Terra reforçam busca por vida alienígena Dentro e fora do Sistema Solar, especialistas consideram extremamente provável que haja vida microscópica

Descobertas de planetas semelhantes à Terra reforçam busca por vida alienígena NASA/AFPT/NASA
Kepler-22b, um dos planetas semelhantes à Terra detectados pela sonda Kepler, em 2011 Foto: NASA / AFPT/NASA
Em 19 de abril de 1963, o jornal The New York Times noticiou para o mundo: "Outro sistema solar é encontrado a 36 milhões de anos-luz da Terra". O astrônomo holandês Peter van de Camp detectara o movimento de um pequeno corpo luminoso em torno da Estrela de Barnard. A notícia deixou o meio científico eufórico – por pouco tempo. Por volta de 1974, o consenso era que movimentos na lente do telescópio utilizado na descoberta haviam sido responsáveis pela aparente oscilação na luz da estrela, tomada pelo cientista como produzida pela passagem de um planeta em seu entorno.
Meio século depois, a descoberta de sistemas solares no Universo é uma realidade em ascensão – o que apenas reforça a coceira atrás da orelha: com tantos planetas, haverá vida lá fora? Para especialistas, a resposta é "provavelmente sim".
– Inevitavelmente deverá haver uma estrela semelhante ao nosso sol, com seus planetinhas, e um deles estar a uma distância adequada (para desenvolvimento de vida como a nossa) – analisa o coordenador do Laboratório de Astronomia da Faculdade de Física da PUCRS, Délcio Basso.
INFOGRÁFICO

>>> Navegue por locais habitáveis no Sistema Solar e fora dele

A busca por essa estrela está cada vez mais quente. Nos últimos anos, missões espaciais detectaram milhares de sóis e planetas na Via Láctea, alguns bastante semelhantes à Terra. Em janeiro, pesquisadores do Harvard–Smithsonian Center for Astrophysics estimaram que nossa galáxia abrigue, no mínimo, 17 bilhões de planetas do tamanho do nosso.
Isso tudo é só o começo
Sonda Kepler (Fonte: Nasa/Divulgação)
As primeiras confirmações de exoplanetas datam da década de 1990. Grandes avanços foram feitos em 2006 e 2009, respectivamente, quando as sondas CoRoT e Kepler foram lançadas ao espaço com o objetivo de detectar mundos como o nosso. As caça-terras buscam estrelas estáveis, capazes de fornecer energia por bilhões de anos (tempo suficiente para desenvolvimento de vida) a corpos planetários localizados na zona habitável de seu sistema. Essa procura está intimamente ligada à busca por vida extraterrestre.
– Kepler revolucionou nosso entendimento sobre os exoplanetas e sua abundância. Haverá muitos estudos novos com grandes telescópios e novas técnicas desenvolvidas para aprender mais sobre esses astros, como, por exemplo, a composição de sua atmosfera – aponta o professor de ciências planetárias da Universidade do Arizona Alfred McEwen, que atua em missões para Saturno e Lua.
Ambas as missões estão, na prática, encerradas. Não encontraram outra Terra, mas chegaram perto. Em abril último, a Nasa apresentou ao mundo Kepler-62e e Kepler-62f. Dos milhares de planetas já avistados pela sonda Kepler, Kepler-62e seria o mais similar ao nosso. À distância que está da estrela que orbita, receberia quantidade tolerável de energia e teria temperaturas amenas. Tudo isso somado ao tipo adequado de atmosfera seria sinônimo de água líquida – condição básica de um ambiente propício para vida.

Ilustrações de Kepler-62f, o sol Kepler-62 e Kepler-62e (Nasa/Divulgação)
A busca continua. A Agência Espacial Europeia e a Nasa têm planos de lançar novos telescópios espaciais em 2017. Cheops e Tess buscarão ampliar o conhecimento sobre exoplanetas já conhecidos, com o auxílio de telescópios terrestres de última geração. Cedo ou tarde, devemos ser apresentados ao nosso planeta-irmão – por mais que não consigamos superar os anos-luz que nos separem.
Vida em todo o lugar

Água: erupções em Encélado captadas pela sonda Cassini (Nasa/Divulgação)
A princípio, não há nada de extremamente especial na Terra que não pudesse, hipoteticamente, se repetir no universo. Para Délcio Basso, a questão é menos "há vida?" e mais "que tipo de vida?".
– A vida em nível microscópico deve estar difundida nas nebulosas afora. Agora, outra coisa é vida autoconsciente – esclarece Basso.
O mesmo vale para o Sistema Solar. Fotografados nas décadas de 1970 e 1980 pelas sondas americanas Pioneer e Voyager, satélites como Europa (Júpiter), Titã e Encélado (ambos de Saturno) são até hoje, alguns dos locais mais cotados para abrigar vida nas "cercanias da Terra", em grande parte por conterem alguma forma de água.
– A pequena lua Encélado tem erupções de nuvens de vapor de água, proveniente de fissuras recentes, portanto, pode haver água em estado líquido em seu interior. A grande lua Titã também, provavelmente tem água em estado líquido em seu interior profundo – explica McEwen.
Apesar de estarem distantes demais do Sol, as forças de maré – efeito secundário da gravidade – desempenhadas pelos planetas-pais é capaz de gerar energia e aquecer os mares congelados que muitos desses satélites abrigam.
– Uma das atrações turísticas no futuro serão pescarias em Europa (lua de Júpiter) – arrisca Délcio Basso.
Marte também é habitat provável de algum tipo de vida, segundo Basso, ainda que em nível microscópico.
– Deve haver líquens, coisas rastejantes – afirma.
Mesmo o planeta mais próximo da Terra, porém, ainda não foi pisado pelo homem (clique aqui e entenda por que).
Aprendizado no quintal

Concepção artística da sonda Voyager 1 (Nasa/Divulgação)
O conhecimento adquirido por aqui nos permite, também, enriquecer o conhecimento dos mundos distantes que hoje conseguimos detectar, a dezenas, centenas ou milhares de anos-luz daqui.
– O que tem que ficar claro é o seguinte: a Lua é nosso pátio dos fundos. Os planetas estão mais longe. Só que existe um verdadeiro abismo até as estrelas – descreve Basso.
O abismo reflete em limitações. O método de trânsito utilizado pela missão Kepler (observando variações luminosas de estrelas, possivelmente causadas pela passagem de corpos massivos em seu entorno) não é capaz de precisar a massa e a densidade dos exoplanetas. Por que a massa é importante? Porque é elemento central para a ocorrência de um fenômeno de que se fala muito, mas se sabe pouco: a gravidade, essencial para a retenção de atmosfera que, por sua vez, regula a temperatura e protege os planetas e seus eventuais habitantes da perigosa radiação ultravioleta solar.
As suposições restam distantes, onde a ciência alcança, mas nenhum objeto criado pelo homem nunca pôde vagar. Esse cenário deve mudar sensivelmente em breve, com uma nova marca: neste mês, a Nasa divulgou que, 35 anos após seu lançamento, a sonda pioneira Voyager 1 está a 18,4 bilhões (123 UA, 34 horas-luz) de quilômetros da Terra, prestes a cruzar a fronteira entre o Sistema Solar e o meio interestelar.
É questão de menos de uma década, acreditam especialistas. Ainda que só deva alcançar a estrela mais próxima de nós em algo como 73 mil anos, a Voyager deve detectar in loco aquilo que, daqui, sequer sonhamos enxergar. Um passo gigantesco para o homem e para a humanidade.
Leia mais:
>>> Gravidade e radiação
desafiam ciência para eventual missão a Marte>>> Visite Marte
em imagem de 1 gigapixels feita por robô da Nasa
>>>Com celular ou telescópio, descubra opções para desvendar o universo
>>> Canal Planeta Ciência estreia em Zero Hora

Marília Mendonça: conheça história de um dos maiores nomes do sertanejo

  07/11/2021 18:49 em Música Entre bares, restaurantes e festas, uma frase era sempre recorrente: “toca uma música da  Marília Mendonça , qu...