quarta-feira, 31 de julho de 2013

'Tive muita vontade de falar, mas silenciei', afirma Cezar Schirmer Schirmer fala sobre as polêmicas que envolveram seu governo desde a tragédia


Reservado e um tanto comedido nas palavras, o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) recebeu a equipe do Diário, ontem, em seu gabinete, na SUCV.  Por duas horas, falou sobre as polêmicas envolvendo o seu governo desde a tragédia da Kiss.
Não escondeu um certo ressentimento em relação ao tratamento que vem recebendo desde o incêndio e de ter ficado no terceiro lugar na lista dos responsáveis pela tragédia (citado como responsável por 68% dos entrevistados e isentado de responsabilidade por 27,8%), conforme a pesquisa do Instituto Methodus, publicada na edição do fim de semana.  No levantamento, feito entre 20 e 22 de julho, foram ouvidos 600 moradores de Santa Maria. Schirmer ficou atrás dos donos da boate e do Corpo de Bombeiros,  mas foi considerado mais responsável do que os integrantes da banda e servidores municipais. 
Na entrevista desta terça-feira, o prefeito rebateu a pecha de que o Executivo está parado, disse que vai divulgar o novo secretariado até o fim desta semana e prometeu um segundo mandato melhor do que o primeiro, apesar das dificuldades enfrentadas até agora.  
Após a entrevista, Schirmer deu uma volta pela Avenida Rio Branco. Foi abordado por 10 pessoas, duas fizeram pedidos, outras apenas cumprimentaram o prefeito, que fez questão de ser simpático e atencioso.
Confira a entrevista de Schirmer na íntegra:

Diário de Santa Maria _ Há dois meses, o senhor disse em entrevista à RBS TV que a cidade estava entrando em uma fase de reconstrução. Mas o que se fala na cidade é em luto (77%), sensação de impunidade e desejo de justiça (ambos com cerca de 60%) e vontade de se reerguer. Os entrevistadores relataram que as pessoas responderam à pesquisa muito comovidas, algumas, chorando. Como o senhor sente Santa Maria hoje?
Cezar Schirmer
- A tragédia marcou a vida da nossa cidade de forma definitiva, isso é inegável. Vão se passar décadas e a tragédia ainda estará na memória de nossos cidadãos. Não me cabe opinar sobre decisões tanto do poder judiciário quanto do Ministério (Público), exceto acatar, por isso que tem a Justiça. No que diz respeito a prefeitura, a posição da Justiça contemplou aquilo que desde o primeiro momento eu dizia, que a prefeitura não agiu de forma a descumprir a lei ou não cumprir as suas funções, as suas obrigações. O que me cabe sim, nesse momento, e é isso que eu tenho tratado, é me incorporar nesse esforço de recuperação, dos nossos sonhos dos nossos lares, do nosso futuro e isso nós temos feito com muitas dificuldades, com muitos problemas de diferentes naturezas. E aí não é só responsabilidade do prefeito, é responsabilidade dos cidadãos, dos líderes locais, da oposição, do governo, da imprensa, enfim, de todos nós. A cidade precisa de um esforço coletivo de reconstrução. Não significa esquecer a tragédia, mas significa compreendê-la, tirar delas as lições, desejar que a Justiça seja feita na sua efetividade, responsabilizar sim, quem deve ser responsabilizado. Mas a vida continua. Nós precisamos trabalhar e ainda mais intensamente para reconstruir o nosso futuro e é isso que eu quero fazer e tenho dedicado intensamente. Tenho trabalhado mais do que no primeiro governo. O recomeçar tem de ser um esforço coletivo.

Diário _  Como homem que responde pela prefeitura, hoje, o senhor sente que poderia ter feito algo antes da tragédia da Kiss?
Schirmer
_ Eu te asseguro que a prefeitura cumpriu rigorosamente as leis vigentes. Essas leis foram criadas no meu governo? Não, não foram criadas no meu governo. A prefeitura, seus servidores, secretários, vice-prefeito e prefeito agiram no cumprimento estrito da lei.  Essa é a verdade. Aliás, eu disse isso desde o primeiro momento. Houve fiscalização? Houve. Houve as exigências dos documentos estabelecidos pela lei na instalação da boate? Houve. Houve medidas no sentido de coibir algum abuso, um ou outro atraso? Houve. Está tudo nos documentos já fornecidos a imprensa, a polícia, ao Ministério Público ou ao Judiciário. O que me parece assim é uma ânsia no sentido de responsabilização de quem, muitas vezes, não tem parte nesses procedimentos e não tem responsabilidade pelo que aconteceu. Estou afirmando, aliás, afirmo desde o começo. A prefeitura, seus servidores, secretários, vice-prefeito e prefeito agiram de acordo com a lei, que não foi criada na meu governo.
Diário - E o senhor se arrepende de algo que disse ou fez depois da tragédia da boate Kiss?
Schirmer - Eu falei pouco depois da tragédia. Vocês sabem disso. Eu falei no dia subsequente, dois ou três dias depois. Falei quando foi concluído o inquérito policial. Falei recentemente quando o houve o arquivamento dos processos, tanto aqui em Santa Maria por três representantes do Ministério Público e lá em Porto Alegre por três desembargadores da 4ª Câmara e mais um procurador e seis promotores assessores. Portanto, não é uma pessoa que decidiu, foram várias pessoas. Eu desde o começo me auto impus, já disse isso, que na condição de prefeito tinha a responsabilidade de acalmar os ânimos, de não polemizar, de evitar o conflito, de não estimular a divergência. Eu te confesso que tive muita vontade de falar, mas silenciei porque achei que a minha contribuição naquele momento era o silêncio para não estimular o conflito, não dar dimensão maior ao conflito.
Diário - O senhor se arrepende disso?
Schirmer
_ Do ponto de vista pessoal, eu Cezar Schirmer, preservando o meu interesse, o meu nome, deveria ter falado muito mais. Agora, como prefeito. E tem de separar o indivíduo do homem público. Como prefeito eu agi corretamente, não me arrependo. Fiz preservando o interesse da nossa cidade. Muitas das coisas que li, ouvi, eu silenciei. Não porque não tivesse o que dizer, eu tinha muito a dizer. Agora como prefeito, aguçar um clima tenso que existe e existia muito mais, não estaria ajudando a esse esforço de reconstrução.

Diário - O arquiteto Rafael Escobar de Oliveira, do Escritório da Cidade, exigiu 29 modificações de segurança para adequar o prédio onde havia um pré-vestibular em boate. Graças a normas legais, a Kiss recebeu alvará de licença de funcionamento mesmo sem ter aprovado tal projeto. A prefeitura em nada contribuiu para o incêndio?
Schirmer
- Quem trata de incêndio é o Corpo de Bombeiros. A prefeitura não tem nenhuma inserção nesse processo. Não se manifesta sobre isso. Ela recebe um documento do Corpo de Bombeiros assinado por um oficial e aquele documento tem fé pública. Isso é muito relevante. Relativamente ao que disse o servidor da prefeitura. Tem de esclarecer, e já fiz várias vezes, é que uma é obra e quem trata é a superintendência de projetos da Secretaria de Mobilidade Urbana. Aí apresenta o projeto técnico, planta, enfim. Isso é examinado, etc e tal, e depois tem o habite-se. Outra questão é o uso econômico daquela obra e você tem um espaço construído e cada vez que muda o destino daquele local, é um procedimento relativo ao uso econômico daquele imóvel. Ali se exige alvará do bombeiro, dependendo, alvará sanitário, licença ambiental, documentos e etc. E isso tem sido feito. No caso desde obra da Kiss, as exigências para o uso econômico daquele espaço foram cumpridas na plenitude. Mesmo que fosse feitas todas essas mudanças, porque muitos desses 29 itens era sobre a questão dos bombeiros, acessibilidade (...)_ Então há uma confusão, uma é obra e outra uso econômico. Isso não contribui para o incêndio, as outras questões era a prefeitura cobrar o funcionamento e foi feito, cobrando, fiscalizando e isso foi feito. Tanto que uns três meses depois, o dono cumpriu todos os requisitos exigidos e recebeu o alvará de localização, como qualquer outro empreendimento.
Diário _ Como o senhor avalia ter ficado em terceiro (68%) entre a lista dos responsáveis, à frente, por exemplo, dos integrantes da banda (5) que estão sendo processados pela Justiça?
Schirmer
- Uma frase que não é minha, é do Napoleão Bonaparte que diz: uma mentira muitas vezes dita, passa a ser verdade. Então, não foram poucos os que, por razões diferentes, alguns por razões políticas, outras por razões de diferentes interesses, martelavam sempre nessa questão. Bom, as pessoas desavisadas, que não acompanham os procedimentos da realidade. Vê uma manchete, uma notícia, duas ou três entrevistas. Isso vai criando uma convicção injusta e não verdadeira. Eu respeito: a prefeitura de Santa Maria, eu disse isso no segundo dia após o incêndio, não agiu de forma para contribuir para que isso tenha ocorrido.  O tempo é o senhor da razão. Tenho absoluta convicção que o tempo vai repor essas questões todas no devido lugar. A prefeitura não tem mais nenhuma espécie de acusação, todas as suspeitas foram arquivadas por várias pessoas, em diferentes esferas. Não há nenhuma prefeitura que tenha sido tão investigada quanto a de Santa Maria. Isso vem à tona, mais dia, menos dia. A prefeitura não teve nenhuma responsabilidade.
Diário - A postura que o senhor adotou logo após a tragédia, uma postura de advogado de defesa da prefeitura e de defesa do senhor mesmo, afirmando por exemplo que a responsabilidade era do Corpo de Bombeiros. Pegou mal em boa parte da comunidade. Hoje, o senhor avalia que foi uma postura equivocada? O senhor repetiria esta postura?
Schirmer - Nunca falei isso. O que eu disse era que a prefeitura não tinha responsabilidade. E, obviamente, que se exige um alvará de bombeiros, posso falar do alvará dos bombeiros. Como eu respondi antes, do ponto de vista pessoal, deveria ter falado mais, mas como prefeito eu agi corretamente. Porque imagina se eu tivesse respondido a cada um que falou algo contra a prefeitura. Imagina? E se você lembrar bem, quanto falaram? E irresponsavelmente. Não são os familiares da vítima e nem a associação, sou solidário a eles, compreendo, acho que tem todo o direito de manifestar a sua inconformidade. Afinal de contas, sofreram intensamente, compreendo isso. Agora, diga o que disserem eu vou respeitar, mesmo que me sinta pessoalmente injustiçado ou  a prefeitura como um todo. O que me referi, é que muitos, de má-fé, por política ou outras razões, desde o primeiro momento, e de forma insistente, de forma indevida tentaram e tentam responsabilizar a prefeitura. Apesar de tudo estar arquivado em relação à prefeitura de Santa Maria. Será que é muito difícil aceitar que uma prefeitura agiu corretamente? Será que é impossível entender, que às vezes, não é sempre, o poder público pode agir com correção, com seriedade ou isenção. Ou só por que é público, não presta? Neste caso, em concreto, não há nada que nos acuse, não há. Eu vi todos os documentos, passei três dias lendo, lendo e lendo. Essa convicção foi se consolidando ao longo do tempo. Tudo em relação a prefeitura foi arquivado. 
Diário - O governador Tarso Genro afastou o comandante local dos bombeiros assim que o nome dele surgiu na investigação da Polícia Civil. E a pesquisa mostra que mais pessoas o tiram do rol de responsáveis (49,5%) do que o colocam (43,8%), prefeito. Na ocasião da finalização do inquérito da Polícia Civil, o senhor se limitou a dizer que analisaria a situação em caso de algum dos dois secretários indiciados - Miguel Passini e Luiz Alberto Carvalho Júnior - colocasse o cargo à disposição. O senhor acha que essa postura, de cortar na carne, ajudou a tirar o governador do rol de responsáveis?Schirmer _ Ainda achei alto o percentual de responsabilização do governador. Por que afinal de contas, achar que o governador é responsável porque ele está lá em Porto Alegre. Achar que alguém ou alguma pessoa de uma cidade do interior cometeu algo inadequado é achar que um prefeito saiba tudo que acontece numa prefeitura. É claro que não sabe. Agora, no caso, da boate, eu olhei os documentos, avaliei os documentos e percebi que não havia nenhuma responsabilidade dos secretários e servidores, foi a minha compreensão. Eu estava certo, tanto que tudo foi arquivado.
Diário _ O ex-secretário, Giovani Manica, um dos seus braços direitos no primeiro mandato e seu, até então defensor ferrenho, criticou justamente essa sua postura pós-tragédia e até deixou o governo. As duas principais críticas dele foram justamente o senhor ter se afastado do assunto e que essa ausência existia até a época da saída dele e não ter disponibilizado toda a documentação sobre o caso. Por que o senhor se manteve afastado? Por que não liberou toda a documentação logo após o incêndio?Schirmer _ Isso é outra informação, que ele deve ter reproduzido que alguém deve dito para ele, que não é verdade. A prefeitura não sonegou qualquer documento. Isso é rigorosamente falso. Não é verdade isso. Não sei da onde tiraram isso. Toda a vez que a polícia solicitou um documento foi entregue. Aliás, nem preciso, pedir, no terceiro dia após o incêndio, liguei para a polícia e disse que todos nós e os documentos estávamos a disposição. Eles me mandaram um ofício com a lista e encaminhei os documentos. Tudo foi entregue. Não é verdade que a prefeitura sonegou documentos. Sobre o afastamento, já respondi porque muitas vezes me calei.
Diário _ O senhor não sente falta de um advogado do diabo ao seu lado? Será que se houvesse alguém que o questionasse de forma mais contundente - e se o senhor o ouvisse - muito desgaste teria sido evitado?
Schirmer
_ Pode consultar qualquer ex ou atual secretário sobre uma frase que sempre digo. É o seguinte: O papel do assessor é dizer o que pensa, fazer o que lhe mandam e se não concordar, pedir demissão. Tudo o que eu quero é que seja explicitada a divergência. Se eu tenho uma opinião acerta da agricultura e o secretário da prefeitura tem outra, ele tem de dizer qual é a opinião dele e é assim que eu tenho agito. Essa informação que não tem pessoas críticas ao meu lado não é verdade. Tenho até em casa. A minha mulher, os meus assessores e minhas filhas. E eu saio na rua, as pessoas conversam comigo.  Quantas e quantas vezes tenho recebido críticas do Diário, mesmo injustas, mas recebo com humildade e as justas, eu corrijo. Há uma versão de que não ouço, isso não é verdade. (...). Não tem prefeito mais aberto ao Diário. O que eu sou é cobrador, muito exigente até comigo mesmo, e isso é minha obrigação como prefeito para trabalhar a favor do povo e quem me paga tem direito a me cobrar, assim como eu faço com meus assessores. Eles fazem críticas sim, mas não de forma pública.

Diário - Desenvolvimento (15,3%) e administração competente (9,7%) são os principais desejos da comunidade para Santa Maria, segundo a pesquisa. No que se refere a desenvolvimento, os empresários reclamam de uma paralisia quase total na prefeitura - falam que está difícil qualquer assinatura, qualquer liberação. E no que se refere também à administração competente, estamos quase em agosto e até agora o senhor só apresentou seis nomes, que já receberam muitos questionamentos. Os próprios partidos aliados e até o líder do governo reclamam da falta de diálogo com o senhor. A equipe que o senhor está formando é à altura dos desafios para o desenvolvimento e a administração competente?
Schirmer
_ A administração competente não tem nada a ver com o fato de ter confirmado apenas seis secretários, transcende as pessoas. Estamos implantado a reforma aprovada há um mês na Câmara. Essa questão da paralisia não concordo. Agora, tem de considerar que a tragédia retardou muito as ações, estabeleceu outras prioridades nos primeiros meses após a tragédia. Por exemplo, criamos atendimento psicossocial 24h, envolvendo 42 servidores contratos emergencialmente e isso envolve recursos. Suspende um e faz isso. Não é só a tragédia, porque as prefeituras vivem dificuldades econômicas. Só para cidades gaúchas, a União deve R$ 1,6 bilhão dos chamados restos a pagar. Então, é fácil dizer a prefeitura isso e aquilo. O governo federal dá isenções de IPI e tira muito dinheiro das prefeituras. (...)
Com a redução de orçamento, um administrador responsável segura e foi o que fizemos, seguimos pagando em dia os funcionários, não há nenhuma obra que não esteja sendo paga em dia. Ainda assim, durante os dois primeiros quadrimestres, ficamos com os limitantes prudenciais da Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso significa, que não pudemos chamar nenhum servidor concursado, por exemplo. Então no ano passado, consegui comprar novo maquinário, mas eles não tem motorista porque não podemos chamar quem passou no concurso do ano passado. Vou tentar chamá-los no segundo semestre. (...) Se quiser faço um balanço das ruas que asfaltamentos, as casas entregues, a Azul que vem daqui a pouco e várias ações que revelam que a prefeitura vem trabalhando. Agora, é inegável que tem dificuldades específicas de Santa Maria. A lei diz que você não pode dar alvará de localização se não tiver alvação dos bombeiros. Se todos os servidores e secretários tiveram os procedimentos arquivados, ainda assim há um temor na prefeitura de assinar documentos. Olha, eu compreendo. Se fosse servidor, também teria essa angústia de assinar um documento. Apesar de terem sido absolvidos, as manchetes posteriores não tiveram a mesma dimensão quando da acusação e essas pessoas vivem em sociedade e sentem tudo.

Diário _ A cidade não se ressente da falta de um líder, um catalisador, alguém que congregue e faça convergir os esforços de recuperação necessários para esta cidade enlutada? O senhor se acha em condições de fazer isso ou já passou pela sua cabeça renunciar, abrir mão de governar Santa Maria até dezembro de 2016?
Schirmer
- Vou governar até o fim. Sou o líder que a cidade elegeu e me sinto apto a cumprir as funções desejadas. Porém, repito, que vivemos um momento especial e temos de olhar para frente. É tarefa do prefeito, sim, mas é tarefa dos vereadores da situação e oposição, da imprensa, dos cidadãos, empresários e de todos.

Diário - Tem algum grande investimento público ou privado alinhavado ou em negociação? Qual (is)?
Schirmer _ Tem muitas coisas alinhavadas, mas não gosto de anunciar antes. Teve o episódio Hyundai, falei e fui criticado por não ter findo, ao invés de elogiado por ter tentado. Tem muitas coisas que vão ocorrer nos próximos dias e meses. A nossa prioridade é o desenvolvimento, em outubro vamos inaugurar o Parque Tecnológico, com R$ 3,5 milhões da prefeitura, organizamos e estamos organizando o Distrito Industrial. O Complexo Industrial de Defesa está sendo encaminhado, está aí a KMW. Valorizamos as empresas locais e vamos buscar muitos outros investimentos para a cidade, mas não é do dia para a noite.

Diário - O que vazou da gravação da CPI deu a sensação de que a CPI blindou o senhor, que não chamou certas pessoas para que relatos não chegasse até o núcleo do poder na prefeitura. A tradição parlamentar de uma CPI com ao menos um integrante de oposição foi rompida. Ficou a sensação de que a base aliada se valeu da sua maioria para engessar a CPI. Se a CPI tivesse sido um forem de debates mais aberto, não teria cumprido um papel mais adequado para a sociedade santa-mariense? Schirmer - Não mando na Câmara. Ao que sei a CPI ofereceu a oposição a possibilidade de colocar um representante, inclusive na presidência e eles não quiseram. Todos os secretários foram chamados a depor, sem exceção, foi o único prefeito do Brasil que iria depor sem ser chamado. Isso não ocorreu, porque coincidência ou não a Câmara foi invadida um dia antes. A minha ida já anunciada. (...). Que blindagem estranha essa que chamaram todos os servidores e secretários e até o prefeito ia lá. Quem blindagem é essa? Gravação. Os jornais anunciaram como se fosse um bomba. Foi-se ver a gravação e era um comentário privado de dois vereadores relativamente a outras questões, uma conversa privada. Se gravar qualquer gabinete de vereador, de secretário, ministro... As manifestações são feitas sem reserva. (...)
Eu li a degravação. Não tem nada de mais. O significado não é estrondoso. Quem leu tudo, sabe que não tem nada
Diário - O senhor pretende concorrer novamente? Acha que tem chance de ganhar nas urnas? Qual é o seu futuro político?Schirmer - A RBS gosta de me fazer essa pergunta. Vocês querem saber o que vou fazer daqui há 3,5 anos. Duvido que a maioria das pessoas sabia o que vai fazer daqui a três meses. Quero sim, terminar o meu mandato e bem. Cumprir meus propósitos e vou fazer um governo melhor do que o primeiro, apesar de tudo. 

Diário - A próxima vaga no TCE é do PMDB. O senhor será indicado pelo partido? Se for, o senhor deixará a prefeitura para assumi-la?
Schirmer
- Sabe mais do PMDB do que eu. Posso assegurar que vou sair da prefeitura no dia 31 de dezembro de 2016. Se Deus quiser
Diário - Em entrevista recente, publicada pelo jornal O Globo, é creditada ao senhor uma declaração sobre os enterros de vítimas ricas que gerou polêmica na Internet e no Calçadão.
Schirmer -  A frase tal qual publicada não foi dita. Eu estava reunido no meu gabinete e o meu assessor disse que tinha um jornalista do O Globo que a prefeitura tinha recebido R$ 300 mil do Governo Federal para pagar funerais e não fez nada. Eu disse, me dá o telefone. Falei com o jornalista e disse que não veio nenhum recurso, vou te passar o telefone para a secretária fulana e fulana. Falei que nós fizemos um acordo com as funerárias no dia da tragédia, em que se estabeleceu um limite de R$ 2,5 mil para aqueles que quisessem. Era um valor médio de sepultamento e acima disso nós não podemos pagar. Sempre pagamos para pessoas pobres, excepcionalmente, no dia da tragédia quem se habilitou recebeu . Agora a prefeitura não pode pagar funerais para pessoas que tenham posses.  Nós pagamos entre R$ 60 e 70 mil. Tivemos um outro problema que alguns familiares pediram ressarcimento. Apresentaram a nota no nome da família e não podemos pagar, porque não pode pagar uma nota que não esteja no nome do município. Então nós tivemos problemas burocráticos. Porém, uma frase não dita, tirada foram de contexto, ficou solta e perdida, parecendo uma insensibilidade minha. (...)
Diário - Esse tipo de episódio lhe deixa chateado?
Schirmer -
Não, mas a partir de agora vou tomar mais cautela. Vou responder por e-mail as perguntas e ser obrigado a mudar a relação com a imprensa.
Diário - O senhor mantém algum diálogo com a associação das vítimas? Como encara as críticas da associação?Schirmer _  Sim, quantas vezes quiserem. Tenho uma pessoa a Ione Lemos, que vai adquirir uma nova função no meu governo para ser interlocutora do governo com a associação. Sou solidário como cidadão, prefeito e pai compreendo a dor das famílias. Tem críticas de má-fe com viés político e ideológico e separo dos integrantes da associação, que é de boa-fé. Sabe lá, se tivesse nas mesmas circunstância, não agiria assim. Eu respeito eles. Procuro evitar qualquer atrito.
Diário - Qual a sua opinião sobre o memorial? O que está sendo feito de concreto? Quando começará a sair do papel?
Schirmer _
  Quem primeiro falou no memorial fui eu. Tem algumas questões que devem ser colocadas. Primeiro, o espaço físico (da boate) é privado. Não tem ainda ação em relação a desapropriação porque a área está isolada. Ainda há uma possibilidade que foi aberta a licitação do Parque Palotino, que é um espaço junto à natureza, pode se fazer um memorial. É um assunto que vamos conversar com tempo. Sou totalmente a favor do memorial, não queremos esquecer o que aconteceu, que sirva de exemplo e não se repita em nenhum lugar do mundo. A primeira questão é a área, onde vai ser, quanto custa, quem vai fazer. Quando vai sair do papel? Não posso dar ainda essa resposta. Está na fase que todos tem o mesmo desejo e vamos adotar passos subsequente. Não tem prazo, mas é o quanto antes. Vamos ouvir a associação.

Polícia Civil cumpre mandados contra a pichação em Santa Maria Operação Rabisco envolve 90 agentes e 27 viaturas

A Polícia Civil realiza a Operação Rabisco contra a pichação em Santa Maria e Região Metropolitana na manhã desta quarta-feira. Com o objetivo de desmantelar grupos que atuam na cidade, pichando prédios e casas, 90 agentes da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) e da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente cumprem 30 mandados de busca e apreensão na casa de suspeitos (27 em Santa Maria e três na Região Metropolitana).
Devem ser recolhidos latas de tinta e de spray, pincéis e outros materiais para a prática do crime.
Os investigados integrariam o grupo Urbanus, que atua na área central de Santa Maria. Conforme o delegado Marcos Vianna, esse grupo é investigado há 2 meses:
— Apuramos que três pichadores da Região Metropolitana se integraram ao grupo de Santa Maria para praticarem pichações mais ousadas, como em locais mais altos, que não eram vistos na cidade.
Entre 8h e 8h30min, alguns policiais chegaram na 1ª DP com materiais de pichação apreendidos. Também foram encontradas certa quantia de maconha e uma arma de fogo, em residências de suspeitos. Além disso, foram recolhidos um CPU e um álbum de fotografias com pichações do grupo. Alguns adolescentes foram detido

"Ele acreditava em mim", diz sobrevivente que perdeu o marido na tragédia Jarlene Spitzmacher Moreira tem dificuldade para andar, mas participa das manifestações para pedir justiça. O Site do Diário traz histórias de sobreviventes na semana que marca os seis meses da tragédia

Jean Pimentel / Agencia RBS
Desde o começo do namoro, ainda no tempo em que estudavam no Colégio Estadual Tancredo Neves, a vendedora Jarlene Spitzmacher Moreira e o militar Leonardo de Lima Machado, ambos de 27 anos, começaram a decidir os passos que dariam. Foi assim ao longo dos 10 anos em que estiveram juntos. Tudo foi decidido a dois: o ingresso dele no Exército, o trabalho dela no comércio, a mudança para a casa dos pais de Jarlene, o tratamento médico para terem um filho em 2013...
Seis meses depois da morte do marido, na tragédia da boate Kiss, a vendedora aprende a dar os primeiros passos sozinha. Salva por Leonardo, Jarlene ficou internada no Hospital de Caridade durante 18 dias, uma semana em coma induzido. Ela já chegou ao hospital sabendo que o primeiro namorado, companheiro de uma década, não havia sobrevivido. O jovem morreu ao tentar salvar outras pessoas.
Jarlene não ficou com cicatrizes aparentes na pele nem amputou órgão algum. Mas saiu do hospital em uma cadeira de rodas e, para levantar dela, transformou-se em uma guerreira. Da cadeira ao andador e dele para as muletas. Agora, ela sonha com o dia em que conseguirá se movimentar sozinha. Um caminho bem diferente do que ela e Leonardo planejaram, mas um recomeço construído um passo após o outro.
– Fiquei sem conseguir andar devido a um problema no sistema nervoso. Faço fisioterapia duas vezes por semana e tenho consultas com o psiquiatra a cada 15 dias. Ainda passei a usar bombinha para ajudar na respiração porque inalei muita fumaça. Mas já melhorei muito. Espero poder voltar ao trabalho até novembro. Só o que não passa é essa falta que ele me faz – conta Jarlene.
Para recomeçar, a vendedora conta com o apoio da mãe, Venir Spizmacher, 51 anos.
– Eu converso muito com ela. Porque é preciso seguir em frente. Quando ela teve alta e começou a tentar caminhar, eu ficava perto do sofá e dizia: agora, tenta vir até onde eu estou sem o andador. Aos poucos, ela foi conseguindo. É a mesma coisa que eu fiz quando ela era criança e estava tentando caminhar pela primeira vez – comenta dona Venir.
Jarlene ainda não consegue dormir no quarto que era do casal. Algumas noites tem pesadelos e prefere não ver os inúmeros álbuns com as fotografias das viagens de moto que fizeram juntos. Os sorrisos podem ser contados nos dedos. Mas ela quer, com todas as forças, recomeçar e se apega a um motivo em especial para isso.
– Algumas semanas antes da tragédia, estávamos conversando, e o Leonardo disse que, se um dia algo ruim fosse acontecer com um de nós, ele preferia que fosse com ele, porque eu era mais forte. Ele disse que acreditava que eu conseguiria seguir em frente. Sabe, tem dias que o mundo desaba. Mas eu lembro daquilo que ele falou e que eu tenho de conseguir porque ele acreditava em mim – diz Jarlene, que, mesmo com dificuldades para andar, faz questão de participar das manifestações para pedir justiça no caso.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Mergulhador encontra tubarão de dois metros amarrado e esfaqueado no fundo do mar Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/mundo/mergulhador-encontra-tubarao-de-dois-metros-amarrado-esfaqueado-no-fundo-do-mar-9283581.html#ixzz2aaClKaEN

Um mergulhador se surpreendeu ao dar de cara com um tubarão com cerca de dois metros e 120 quilos, amarrado no fundo do mar da Austrália, e esfaqueado no peito. Em entrevista ao site Courier Mail, Robb Westerdyk disse que nunca havia se deparado com uma cena desse tipo, tão “bárbara”.
O australiano mergulha há 40 anos, e estava nadando com alguns amigos depois de explorar um naufrágio ali perto, no estado de New South Wales.
- No final do nosso mergulho, nos deparamos com essa cena de barbárie, um tubarão-mako de dois metros amarrado pela barbatana. Isso deve ter sido feito por algum pescador que não deveria estar por ali, já que a área é de preservação ambiental - disse o australiano.
Westerdyk trabalha em construção civil e faz fotos subaquáticas de maneira amadora. Ele registrou a cena e cortou a corda que amarrava o tubarão. O animal afundou em seguida.
- Foi horrível ver isso - frisou.
O animal estava morto há dias
O animal estava morto há dias Foto: Robb Westerdyk
O australiano acredita que o tubarão já estava morto há alguns dias. Isso porque poucas pessoas mergulham no local - uma reserva ambiental na cidade de Adelaide - durante a semana. O grupo em que ele estava foi o primeiro a ver o animal naquela situação, no sábado.
Robb Westerdyk não sabe quem fez aquilo, nem o porquê. Ele imagina que pode ter sido um pescador fazendo piada com outros pescadores, ou tentando assustar mergulhadores.
- Mas em 40 anos de mergulho, nunca vi nada assim - repetiu. - É um ato sem sentido, tirar a vida do animal assim, sem qualquer propósito.
Um mergulhador se surpreendeu ao dar de cara com um tubarão com cerca de dois metros e 120 quilos, amarrado no fundo do mar da Austrália, e esfaqueado no peito. Em entrevista ao site Courier Mail, Robb Westerdyk disse que nunca havia se deparado com uma cena desse tipo, tão “bárbara”.
O australiano mergulha há 40 anos, e estava nadando com alguns amigos depois de explorar um naufrágio ali perto, no estado de New South Wales.
- No final do nosso mergulho, nos deparamos com essa cena de barbárie, um tubarão-mako de dois metros amarrado pela barbatana. Isso deve ter sido feito por algum pescador que não deveria estar por ali, já que a área é de preservação ambiental - disse o australiano.
Westerdyk trabalha em construção civil e faz fotos subaquáticas de maneira amadora. Ele registrou a cena e cortou a corda que amarrava o tubarão. O animal afundou em seguida.
- Foi horrível ver isso - frisou.
O animal estava morto há dias
O animal estava morto há dias Foto: Robb Westerdyk
O australiano acredita que o tubarão já estava morto há alguns dias. Isso porque poucas pessoas mergulham no local - uma reserva ambiental na cidade de Adelaide - durante a semana. O grupo em que ele estava foi o primeiro a ver o animal naquela situação, no sábado.
Robb Westerdyk não sabe quem fez aquilo, nem o porquê. Ele imagina que pode ter sido um pescador fazendo piada com outros pescadores, ou tentando assustar mergulhadores.
- Mas em 40 anos de mergulho, nunca vi nada assim - repetiu. - É um ato sem sentido, tirar a vida do animal assim, sem qualquer propósito.
Não se sabe quem fez isso

segunda-feira, 29 de julho de 2013

"Fiz os golpes para desviar a atenção dele", conta o PM ninja de Barros Cassal Policial fez sucesso na internet em vídeo que mostra habilidade com o cassetete

"Fiz os golpes para desviar a atenção dele", conta o PM ninja de Barros Cassal Reprodução/Facebook
PM usou cassetete para enfrentar o homem que segurava um cinto Foto: Reprodução / Facebook
Mais de 36 mil visualizações no YouTube e 17,6 mil compartilhamentos no Facebook transformaram o policial militar de Barros Cassal, no Vale do Rio Pardo, Juarez Padilha da Silveira em celebridade. Mesmo de férias e fora da cidade do Vale do Rio Pardo, o soldado de 42 anos e 22 anos de profissão conta que nunca ouviu o celular tocar tanto como nos últimos dias, após o vídeo em que aparece fazendo movimentos com o cassetete o transformaram no PM ninja.

Em conversa com ZH, ele conta que no início ficou com medo da repercussão dentro da Brigada Militar, mas que agora já está tranquilo porque agiu sem excesso e ri, impressionado com a própria rapidez para driblar o homem que incomodava em um bar — ele foi imobilizado em 15 segundos.
ENTREVISTA
Zero Hora – Qual foi a sua reação ao saber do vídeo?
Juarez Padilha – Quando uma colega me mostrou o vídeo fiquei surpreso, porque não sabia que tinha alguém filmando. Minha primeira reação foi ficar com medo, assustado, porque, como brigadiano, temos regras e podemos ser julgados se agirmos com excesso. Fiquei com medo do que a corporação fosse achar e pensei ‘vai dar problema’.

ZH – Mas a repercussão foi positiva.
Padilha – Muito. A gente que mora no Interior não tem noção do tamanho que as coisas podem tomar. Mas no fim só recebi elogios. E na cidade não se fala em outra coisa. Todo mundo me ligando e ligando também pros moradores de lá, querendo saber quem eu sou. Além disso, fiquei feliz que uma ação bem executada da Brigada fez sucesso, porque normalmente só repercute quando a situação é pejorativa.

ZH – E por que você fez os movimentos parecidos com um ninja?
Padilha – Eu aprendi isso num treinamento da Brigada e depois fiz aulas de taekwondo para aprimorar a técnica com o bastão. Faz mais de dez anos, mas não tem como esquecer. Eu sempre prefiro usar o bastão do que a arma. Ainda mais aqui (em Barros Cassal), que a gente sabe quem é quem e muitas vezes não tem necessidade de ser agressivo. Antes disso, ainda, eu sempre tento resolver a situação na conversa, como nesse caso aí. Mas como não deu, usei os golpes com o bastão pra tirar a atenção dele e depois imobilizá-lo.

Imagens de buracos enormes impressionam




















Sentimento de injustiça retarda luto em Santa Maria, aponta pesquisa Levantamento ouviu 600 pessoas sobre as percepções em relação à tragédia na boate Kiss


Mais do que revelar o sentimento de impunidade que domina Santa Maria seis meses após o incêndio da boate Kiss, a pesquisa realizada pelo Instituto Methodus sobre as percepções da população da cidade em relação à maior tragédia da história gaúcha emite outro alerta. Na avaliação de psicólogos e psicanalistas ouvidos por ZH, a sensação marcante de injustiça é um dos ingredientes que dificultam a elaboração do luto, retardando a superação coletiva.

Santa Maria seis meses depois da Kiss: pronta para reagir e em busca de justiça

Encomendado pelo Grupo RBS, o levantamento realizado com 600 moradores de Santa Maria mostrou que 57% deles não acreditam que será feita justiça e quase 62% deles discordam que todos os envolvidos estão respondendo judicialmente pelos erros cometidos. Para o psicanalista Robson de Freitas Pereira, membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, reverter essa percepção é crucial para que a cidade consiga reagir.

— Luto é poder aceitar aquela perda. Se a Justiça não consegue oferecer uma resposta, dificulta ainda mais essa aceitação. A reconstrução da vida e da cidade passa pelo sentimento de que se está fazendo justiça — analisa.

Professor do curso de psicologia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e um dos profissionais que trabalharam no centro de acolhimento às vítimas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o psicólogo Lucas Neiva-Silva concorda com a avaliação, chamando a atenção para o fato de que é necessário ir além da responsabilização dos culpados.

— Sentimento de justiça não é só a busca por responsáveis, é também a busca por mudanças efetivas nas políticas públicas. Não adianta só colocar a cabeça de alguém na bandeja, é preciso ações efetivas para garantir que aquilo nunca se repetirá, para que as mortes não sejam em vão — observa.

O estudo também mostrou que 91,7% dos entrevistados identificam a necessidade de reconstruir a autoestima da cidade. Na avaliação de Nelma Campos Aragon, responsável técnica pelo Instituto de Psicologia Social de Porto Alegre Pichon-Rivière, um dos caminhos seria apostar na arte, na música e na literatura como canais para extravasar a dor.

— Não é fazer de conta que nada aconteceu, é trabalhar essa dor, para falar dela de um outro jeito. É uma maneira de intensificar a vida através desses recursos, com reflexão — explica.

Recuperar a capacidade de sorrir e de celebrar a vida, apesar da dor, é um outro passo importante. Assim como a necessidade de viver o luto publicamente ainda é forte, o psicanalista Volnei Antonio Dassoler observa que as iniciativas de retomada da vida também são igualmente legítimas e devem ser respeitadas.

— Não podemos cultivar uma divisão entre a população como se tivéssemos de escolher um lado. Na verdade, estamos dentro e no meio disso tudo — reflete Dassoler, membro do comitê gestor do AcolheSaúde, serviço de apoio da Secretaria de Saúde de Santa Maria às vítimas do incêndio.

Na data em que se completaram seis meses da tragédia, cerca de 500 pessoas realizaram uma caminhada até a Catedral Metropolitana de Santa Maria para homenagear as vítimas. Vestidas com túnicas pretas, na noite de sábado, também levavam velas e soltaram um pombo branco, simbolizando os pedidos de paz e justiça.






VÍDEO: a homenagem aos filhos de Santa Maria




Clique na imagem e confira o perfil das 242 vítimas:

domingo, 28 de julho de 2013

Redes sociais: faça a coisa certa Veja como fazer sua participação nas redes sociais trabalhar a seu favor

Redes sociais: faça a coisa certaEstar presente nas redes sociais hoje em dia é tão essencial quanto ter um celular ou e-mail. Por meio delas, empresas divulgam vagas, recrutadores buscam pessoas, e chefes, pares e subordinados bisbilhotam a vida alheia. Por essas e outras, elaboramos uma lista de dicas para quem quer marcar presença sem dar bola fora. Confira:






- Há redes sociais para todos os fins: pessoais, profissionais, comerciais, etc. Cuidado para não ingressar em redes profissionais e agir como se estivesse entre amigos.-

- Não pense que pode fazer o que quiser com seu perfil do Facebook ou do Orkut só por serem redes “pessoais”. Se o perfil for público, ele pode ser visto tanto pelo seu melhor amigo quanto pela pessoa que está conduzindo um processo de seleção.

- Algumas redes oferecem inúmeras opções de configuração de privacidade. Você pode utilizá-las para deixar algumas informações visíveis para uns usuários e invisíveis para outros. De qualquer forma, antes de publicar algum conteúdo mais comprometedor, pense que essas opções estão sujeitas a falhas.

- Nunca fale mal da sua empresa em público. Mesmo que esteja insatisfeito ou até se despedindo, não perca o respeito. Vários profissionais já foram demitidos por criticarem os empregadores pelo Twitter, por exemplo.

- Evite também falar mal de alguém ou usar palavrões. Lembre-se sempre de que, ao cair na rede, a informação foge do controle. Nunca se sabe onde ela vai chegar.

- O mesmo cuidado é necessário ao publicar uma foto. Pense que ela pode ser vista por qualquer pessoa. Isso inclui um amigo, um parente e até o seu chefe.

- As comunidades revelam muito da sua personalidade. Cuidado ao fazer parte de grupos relacionados a preconceito e discriminação, por exemplo. Direta ou indiretamente, você está apoiando essas ideias.

- Evite o “ ctrl + c , ctrl +v” sem citar a fonte. Hoje em dia, é muito fácil descobrir de onde veio uma informação e você pode passar por mentiroso à toa.

- O meio virtual não é apropriado para resolver problemas pessoais. Brigou com a mãe? Terminou o namoro? Não gostou do novo chefe? Converse com alguém em quem você confia, pessoalmente

sábado, 27 de julho de 2013

Um minuto de barulho, seis meses depois da tragédia em Santa Maria Sinos badalaram, aplausos, música e muita emoção na homenagem às 242 vítimas

Um minuto de barulho, seis meses depois da tragédia em Santa Maria Jean Pimentel/Agencia RBS
Foto: Jean Pimentel / Agencia RBS
Seguindo a programação que marca os seis meses da tragédia que vitimou 242 pessoas no fatídico dia 27 de janeiro na boate Kiss, familiares, amigos e sobreviventes participaram do tradicional "minuto de barulho", realizado no dia 27 de cada mês.
Vestindo túnicas pretas numeradas, 242 pessoas _ parentes que representam as vítimas da tragédia _ caminharam em fila ordenados do número "1" ao "242" desde a tenda que está montada na Praça Saldanha Marinho até a Catedral Metropolitana, seguindo pela Avenida Rio Branco.
>> Confira em galeria de fotos imagens do dia em que a tragédia completou seis meses
Os sinos da catedral começaram a badalar às 18h45min, acompanhados de muitos aplausos. Alguns familiares carregam velas e centenas de pessoas acompanham o ato.
Quando chegaram em frente da igreja, formando uma meia lua, os familiares pararam. Seguiram o soar dos sinos, o aplauso _ cada vez mais forte e contínuo - carregado de emoção. Também foi solta uma pomba na entrada da Catedral acompanhado de uma apresentação de um clarinetista.
Após, os participantes participaram de uma cerimônia ecumênica que foi celebrada na Catedral.
>> Confira no vídeo imagens da homenagem
 
O "minuto de barulho" é uma proposta da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia em Santa Maria (AVTSM) para homenagear a alegria e Após, os participantes participaram de uma cerimônia ecumênica que foi celebrada na Catedral.


VÍDEO: a homenagem aos filhos de Santa Maria



Clique na imagem e confira o perfil das 242 vítimas:

Santa Maria seis meses depois da Kiss: pronta para reagir e em busca de justiça

Passados seis meses do incêndio na boate Kiss, Santa Maria ainda é uma cidade em luto, dilacerada pelas mortes de 242 jovens e marcada pelo sentimento de impunidade. Mas também é uma cidade pronta para reagir e recomeçar. Na última semana, pesquisadores do Instituto Methodus saíram às ruas do município para saber como está e o que pensa a população sobre o desfecho da maior tragédia da história do Rio Grande do Sul.
>>> Leia a íntegra da pesquisa
Uma das principais conclusões aponta a percepção popular sobre quem, afinal, seriam os maiores responsáveis pelo episódio, independentemente do resultado das investigações.
Para a maior parte dos entrevistados, os mais citados foram os proprietários da casa noturna, seguidos do Corpo de Bombeiros e, em seguida, o prefeito Cezar Schirmer (PMDB), isentado pelo Ministério Público (MP). Na avaliação da maioria, eles seriam mais responsáveis pelo episódio do que integrantes da banda Gurizada Fandangueira e servidores municipais.
Seiscentos entrevistados participaram do levantamento — o primeiro desde a madrugada de 27 de janeiro — encomendado pelo Grupo RBS para aferir o que os santa-marienses pensam sobre o episódio meio ano depois. Durante o trabalho, os entrevistadores enfrentaram uma situação pouco comum em pesquisas de opinião.
— Todos ficaram impactados. Muita gente chorou ao falar. A cidade não voltou ao normal e, de um modo geral, tem a sensação de que não haverá punição adequada — relata Margrid Sauer, diretora de pesquisa instituto.
A conclusão se expressa em números: 61,9% dos participantes da enquete discordam de que todos os envolvidos estão respondendo judicialmente pelos erros cometidos, 57,5% não acreditam que será feita justiça e 52,2% questionam a isenção da CPI criada pela Câmara Municipal para investigar o caso. A avaliação reflete o clima de indignação na cidade.
Em abril, apenas metade dos 16 indiciados pela Polícia Civil foi denunciada pelo MP, desencadeando críticas na comunidade, que esperava mais implicados criminalmente no caso. Em maio, a decisão da Justiça de soltar os donos da Kiss e os músicos, presos desde janeiro, levou a novas manifestações de inconformidade. No dia 15 deste mês, em outra frente de investigação, um inquérito civil levou cinco meses para ficar pronto e isentou todos os nomes ligados à prefeitura, inclusive o de Schirmer — considerado responsável por 68% dos entrevistados. Apenas quatro envolvidos — dois proprietários e dois membros da banda — podem ir para a cadeia.
— Parece que a morte de 242 pessoas não valeu nada. Fica uma lacuna muito grande. Não estão tratando a sociedade com o respeito que merecia — afirmou, na ocasião, o presidente da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes, Adherbal Ferreira.
A revolta, a julgar pelos dados que agora vêm à tona, não se restringe a Ferreira ou àqueles que perderam amigos e parentes em função de uma cadeia de irresponsabilidades. Dos moradores ouvidos, sete em cada 10 tiveram perdas pessoais e 97,3% declararam que o drama afetou a vida de todas as famílias santa-marienses.
Se os percentuais são a prova de que as feridas continuam abertas, a boa notícia é que ainda há esperança. Para 95,7% dos homens e mulheres que deram voz à dor coletiva, é preciso reagir. Embora 45% acreditem que a cidade mudou para pior, 52,1% estão otimistas ou muito otimistas em relação ao futuro. Santa Maria precisa seguir em frente, e a maioria entende que o resgate da autoestima da cidade cabe à própria população.

VÍDEO: a homenagem aos filhos de Santa Maria



Clique na imagem e confira o perfil das 242 vítimas:

Manifestantes bloqueiam a BR-287 por cerca de uma hora em Santa Maria


Cerca de 150 pessoas participaram do protesto

Manifestante bloquearam a BR-287 _ próximo ao loteamento Cipriano da Rocha, no bairro Pinheiro Machado, região oeste de Santa Maria. O tráfego foi interrompido nos dois sentidos da pista por cerca de uma hora. O trânsito era liberado em intervalos de cerca de 15 minutos.
Cerca de 150 pessoas _entre integrantes da Associação dos Moradores do Loteamento Cipriano da Rocha, Movimento do Luto à Luta e do Bloco de Lutas - organização formada durante a ocupação da Câmara de Vereadores de Santa Maria _ realizaram o protesto. Entre as demandas estão: a redução da tarifa do transporte coletivo, o retorno do Passe Livre, o asfaltamento dos acessos ao bairro, a conclusão das obras de uma creche e a instalação de um posto de saúde no local.
De acordo com Lucas Coelho, primeiro secretário da Associação de Moradores, já foram enviados diversos ofícios para diferentes secretarias da prefeitura, porém nenhuma das reivindicações teria sido atendida.
_ Se não obtivermos alguma resposta em 30 dias iremos trancar todos os acessos ao município _ adianta Coelho.
Durante todo o tempo em que a rodovia esteve interrompida, não houve o policiamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com o comando da PRF, a organização do protesto não notificou sobre a manifestação e a única viatura que estava de plantão teve que atender outra ocorrência quando estava a caminho do bloqueio. Conforme o presidente do Movimento do Luto à Luta, Flávio Silva, a interrupção do trânsito na rodovia não foi comunicada pelo grupo à PRF.
Cada mês um bairro
O Movimento do Luto à Luta, que foi criado em 27 de fevereiro, composto por familiares e amigos de vítimas do incêndio da Kiss, começou, a partir deste dia 27, um novo modo de ação.
Segundo a integrante do movimento, Carina Corrêa, a cada mês, eles irão atuar em um bairro ou comunidade da cidade. A intenção é que o movimento ouça as demandas e, igualmente, as carências do local. As ações contarão com a adesão de movimentos sociais e serão uma forma de prestar um serviço às comunidades mais desassistidas, revela Carina.

242 pessoas vestindo preto doarão roupas das vítimas da boate Kiss Sábado, dia que marcará os seis meses da tragédia, também terá caminhada e minuto do barulho

(Fernanda Ramos/especial)O dia em que completarão seis meses do incêndio na boate Kiss será marcado por protestos, mas também por gestos de solidariedade. Familiares e amigos das 242 vítimas entregarão agasalhos, farão caminhada, o minuto do barulho e um culto ecumênico no sábado.
Os atos começarão por volta das 11h no Calçadão Salvador Isaía. Parentes e amigos das vítimas, totalizando 242 pessoas, vestirão túnicas pretas e doarão roupas à comunidade. As peças pertenceram aos jovens que morreram em decorrência da tragédia.
_ Vamos doar as roupas dos nossos filhos em solidariedade, mas também para mostrar nossa inconformidade com a impunidade que está ocorrendo em Santa Maria _ disse o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia em Santa Maria, Adherbal Ferreira.
À tarde, as 242 pessoas vestindo preto caminharão até a Catedral Metropolitana, onde haverá um culto ecumênico, às 19h (confira as atividades abaixo).
O Movimento Santa Maria Do Luto à Luta fará uma ação no Loteamento Cipriano Rocha, às 13h de sábado, em conjunto com o Bloco de Lutas. Os manifestantes farão uma caminhada pelas ruas do local e talvez bloqueiem a BR-287.
Atividades dos seis meses da tragédia na boate Kiss:
_ 11h _ Distribuição de agasalhos no Calçadão Salvador Isaía
_ 18h _ Concentração na Praça Saldanha Marinho
_ 18h45min _ Procissão pela Avenida Rio Branco, com cartazes e faixas, seguido de minuto do barulho
_ 19h _ Culto Ecumênico na Catedral Metropolitana

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Polícia Civil cumpre mandado de busca e apreensão na prefeitura de Santa Maria Suspeita é de que servidor concursado da Secretaria de Controle e Mobilidade Urbana que faria a cobrança indevida de taxas referentes a projetos habitacionais e da construção civil

Na manhã dessa quinta-feira, o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria Marcos Ramos Vianna e mais quatro agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão na Secretaria de Controle e Mobilidade Urbana, que fica no prédio do Centro Administrativo do Executivo municipal. De acordo com o delegado, um servidor concursado da pasta faria a cobrança indevida de pessoas que procuravam o órgão para o pagamento de taxas referentes a projetos habitacionais e, igualmente, da construção civil. Segundo Vianna, o funcionário "se colocava à disposição" para quitar os valores. Também foi cumprido, na manhã dessa quinta, um segundo mandado na casa do servidor suspeito, no bairro Itararé.

Ainda conforme o delegado, a pessoa ao retornar à Secretaria de Controle e Mobilidade Urbana - no intuito de saber o andamento dos processos (referente à construção civil ou ao setor habitacional) - descobria que não havia nenhuma taxa recolhida. Outro agravante, segundo o delegado Vianna, evidencia que os projetos que, em tese deveriam constar nos registros da Secretaria de Controle e Mobilidade Urbana, haviam desaparecidos da pasta.

_ Ele (servidor) muitas vezes se oferecia para pagar as taxas para essas pessoas. Para isso, ele apresentava um documento com o timbre da prefeitura em que constava o nome da pessoa (que havia solicitado o procedimento) e, consequentemente, com o valor da taxa. Ele apresentava, por exemplo, uma guia de recolhimento de uma determinada taxa já com um valor hipotético. Embora, os valores variassem bastante de R$ 200 a R$ 500 e, em alguns casos, até acima disso. Além de todos esses agravantes, o servidor dava um sumiço aos pedidos. A 'taxa' que ele cobrava não era repassada à prefeitura. Pelo contrário, ele embolsava o dinheiro. Com isso, alguns protocolos figuravam como inexistentes e, até mesmo, como desistentes _ diz Vianna.

O delegado Marcos Ramos Vianna adianta que o servidor pode ser penalizado pelo crime de corrupção passiva, com pena que varia de dois a 12 anos de prisão.

Servidor está afastado, conforme o secretário de Controle e Mobilidade Urbana
A situação levantou suspeitas junto a dois servidores do quadro da Secretaria de Controle e Mobilidade Urbana que, ainda no mês passado, relataram ao titular da pasta, Miguel Passini, a existência do crime.

_ Essa situação me foi relatada, ainda no mês passado, quando colegas dele contaram que havia contribuintes reclamando. Dali em diante, eu afastei o servidor. Também encaminhei o caso à Corregedoria da prefeitura (órgão vinculado ao Gabinete do Prefeito), que abriu um procedimento interno. No momento, o servidor está afastado _ diz o secretário Passini.
>>> COMO FUNCIONARIA A SUPOSTA FRAUDE

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Santa Maria tem o dia mais frio do ano nesta quinta-feira Cidade registrou -0.8ºC nesta manhã

Esta quinta-feira é o dia mais frio do ano em Santa Maria. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a mínima na cidade foi de -0.8ºC, por volta das 6h. A cidade, assim como os municípios da Região Central, amanheceram cobertos de geada.
A sexta-feira também deverá ser de frio em Santa Maria. A cidade poderá amanhecer com sensação térmica de - 4ºC. Para sexta e para o fim de semana, não há previsão de chuva.
>> Estado registra temperaturas negativas, geada e mínima mais baixa do ano na Capital
>> Confira a previsão do tempo completa para Santa Maria para os próximos dias
>> Veja fotos da neve em Caçapava do Sul
>> Veja fotos da neve em Itaara

242 pessoas vestindo preto doarão roupas das vítimas da boate Kiss Sábado, dia que marcará os seis meses da tragédia, também terá caminhada e minuto do barulho

(Editoria de arte)O dia em que completarão seis meses do incêndio na boate Kiss será marcado por protestos, mas também por gestos de solidariedade. Familiares e amigos das 242 vítimas entregarão agasalhos, farão caminhada, o minuto do barulho e um culto ecumênico no sábado.
Os atos começarão por volta das 11h no Calçadão Salvador Isaía. Parentes e amigos das vítimas, totalizando 242 pessoas, vestirão túnicas pretas e doarão roupas à comunidade. As peças pertenceram aos jovens que morreram em decorrência da tragédia.
_ Vamos doar as roupas dos nossos filhos em solidariedade, mas também para mostrar nossa inconformidade com a impunidade que está ocorrendo em Santa Maria _ disse o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia em Santa Maria, Adherbal Ferreira.
À tarde, as 242 pessoas vestindo preto caminharão até a Catedral Metropolitana, onde haverá um culto ecumênico, às 19h (confira as atividades abaixo).
O Movimento Santa Maria Do Luto à Luta fará uma ação no Loteamento Cipriano Rocha, às 13h de sábado, em conjunto com o Bloco de Lutas. Os manifestantes farão uma caminhada pelas ruas do local e talvez bloqueiem a BR-287.
Atividades dos seis meses da tragédia na boate Kiss:
_ 11h _ Distribuição de agasalhos no Calçadão Salvador Isaía
_ 18h _ Concentração na Praça Saldanha Marinho
_ 18h45min _ Procissão pela Avenida Rio Branco, com cartazes e faixas, seguido de minuto do barulho
_ 19h _ Culto Ecumênico na Catedral Metropolitana(Editoria de arte online/ZH)

Arcebispo do Rio reza por vítimas da Boate Kiss na primeira missa da JMJ Dom Orani também lembrou das chacinas da Candelária, no Rio de Janeiro

Ao declarar as intenções da missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, foi aplaudido ao lembrar os 242 mortos no incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria.

>> Leia todas as notícias sobre a vinda do Papa

— Rezo pelos jovens de Santa Maria, pedindo mais segurança para todos — disse o arcebispo, recebendo aplausos dos jovens que participam da missa na Praia de Copacabana.

Dom Orani também lembrou das chacinas da Candelária, em que crianças e adolescentes moradores de rua foram mortos no centro do Rio de Janeiro, e de Vigário Geral — dois episódios violentos que tiveram repercussão internacional.

Diante de jovens de várias partes do mundo, dom Orani incluiu nas intenções da missa os jovens desempregados, dependentes, moradores de rua, órfãos e presidiários.

— Celebro por todos os que acreditam que um mundo novo é possível — disse. 

Cantor Thiaguinho é diagnosticado com tuberculose pleural Ex-líder do Exaltasamba cancelou shows até o dia 4 de agosto

Cantor Thiaguinho é diagnosticado com tuberculose pleural Tadeu Bara/Divulgação
Devido a doença, o cantor Thiaguinho cancelou show que faria na Jornada Mundial da Juventude Foto: Tadeu Bara / Divulgação
O cantor Thiaguinho foi diagnosticado com tuberculose pleural, a forma não transmissível da doença. O ex-líder do Exaltasamba foi internado na última quinta-feira no Hospital Sírio-Libanês, onde ficou por quatro dias e passou por exames.

De acordo com comunicado divulgado pela assessoria de imprensa do cantor, ele "está bem e iniciará tratamento específico". Thiaguinho cancelou 17 shows marcados para as próximas semanas, incluindo a participação na Jornada Mundial da Juventude, durante a visita do Papa ao Brasil, e segue de licença médica até 4 de agosto

No Twitter, o pagodeiro agradeceu aos fãs pelas orações: THiaguinho @thiaguinhocomth
Ótimo dia, gente! Ótimas notícias! Obrigado, Senhor! Obrigado, Nossa Senhora Aparecida! Obrigado, Brasil, por tantas orações..

Atlético-MG vence o Olimpia nos pênaltis e é campeão da Libertadores 2013 Time mineiro fez 2 a 0 no tempo regulamentar. Nas cobranças, Victor defendeu uma cobrança

Atlético-MG vence o Olimpia nos pênaltis e é campeão da Libertadores 2013 Vanderlei Almeida,AFP/
Foto: Vanderlei Almeida,AFP
O filósofo franco-argelino Albert Camus dizia que o que ele mais sabe sobre moral e obrigações, deve ao futebol. Em Belo Horizonte, o Atlético-MG fez jus à frase e, sem desistir, mostrou ser forte e vingador, tal qual canta o hino do clube. Devolveu o 2 a 0 no tempo normal, venceu nos pênaltis por 4 a 3 e deu fim a uma escrita de 42 anos - desde o Brasileiro de 1971 - sem títulos importantes. No Mineirão, veio o maior deles. O Galo é campeão da Libertadores. E vive um dia histórico, que os estudantes que fundaram o time, em 25 de março de 1908, no Parque Municipal, não puderam presenciar. E certamente nem imaginaram.
Um Mineirão ensandencido - com 56 mil pessoas que geraram uma renda de R$ 14 milhões - foi aos poucos tomado pela frieza com que o Olimpia impôs o ritmo no primeiro tempo. No início, entretanto, o Atlético-MG mostrou por que precisava reverter o 2 a 0 da partida de ida. Logo aos dois minutos, Diego Tardelli arrancou pela direita e bateu cruzado. Mas nem Jô, nem Bernard alcançaram. Aos nove, Ronaldinho arriscou um chute com muito efeito. Silva espalmou.
A partir dos 10 minutos, o Olimpia se recompôs. A linha de cinco jogadores na entrada da área defensiva obrigava o Atlético a alçar bolas na área, o que facilitava o trabalho atrás. Aos 15, o primeiro susto. Bareiro foi lançado cara a cara com Victor, que, no chão, defendeu. Aos 19 minutos, o Atlético voltou ao ataque e quase marcou com Ronaldinho, de cabeça. Mas, aos 33, Alejandro Silva entrou livre na grande área, cortou Leonardo Silva e bateu rasteiro. Victor, de novo, defendeu.
O time brasileiro voltou para o segundo tempo em cima, pressionando. E, logo aos 57 segundos, marcou. Bernard arrancou pela ponta direita e cruzou. Pittoni tentou afastar, mas furou. Concentrado, Jô viu a bola surgir na direção do seu pé direito. E emendou, lado direito, por baixo de Martín Silva: 1 a 0.
Silva virou o nome do jogo. Com o Atlético-MG empurrando o Olimpia para o campo de defesa, ele espalmaria mais uma conclusão à queima-roupa, desta vez de Réver. Depois, aos 32, defendeu chute preciso de Ronaldinho, no canto.
Com Manzur expulso aos 40 minutos, o gol salvador que levou o jogo para a prorrogação ocorreu aos 41. Após cruzamento da direita, Leonardo Silva subiu, se esticou no ar e desviou para o canto oposto, o esquerdo do goleiro, para explodir o Mineirão: 2 a 0.
Na prorrogação, as chances se acumularam. Mais para o Atlético. Silva seguiu herói. Mas a redenção brasileira ocorreu apenas nos pênaltis. Victor defendeu a primeira cobrança do Olimpia, batida por Miranda. Pelo Atlético, Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva marcaram. E Ronaldinho nem precisou marcar, já que Giménez bateu na trave a última cobrança do Olimpia e levou o clube mineiro ao título inédito.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Casal é refém de assaltantes em Santa Maria Dois suspeitos renderam casal no bairro Parque Pinheiro Machado, nessa segunda-feira

Bandidos fizeram um casal refém por volta das 23h30min dessa segunda-feira, na Rua Rio Branco, no Parque Pinheiro Machado.
Segundo a Brigada Militar, o proprietário da casa chegava em casa, de carro, quando foi rendido por um homem que estava armado com uma espingarda. O motorista foi obrigado a entrar na casa. Já no interior da residência, ele e a esposa foram amarrados em um dos cômodos, enquanto a dupla de assaltantes revirara a residência, por cerca de uma hora.
Durante o assalto, os bandidos teriam dito que o homem deveria ter dinheiro, já que era proprietário de um mercado nas redondezas. Quando a vítima disse que, na verdade, era gerente do estabelecimento, a dupla deixou a casa fugindo na Fiat Fiorino do casal e levando documentos e eletrodomésticos. As vítimas conseguiram se soltar e chamar a Brigada Militar. Ninguém foi preso e não há suspeitos.

Quarta-feira deve amanhecer com geada em grande parte do Estado Neve e sensação térmica de até -15ºC devem ser registradas na região dos Campos de Cima da Serra

Com a queda da temperatura e o aumento da velocidade dos ventos, a noite desta terça-feira deve ser ainda mais gelada em todo o Rio Grande do Sul. E, para
o amanhecer de quarta, o inverno reserva mais uma vez um cenário tomado pelo branco. Da neve ou da geada.

> Registrou o frio? Envie fotos para o Blog do Leitor> Calcule a sensação térmica na sua cidade
> VÍDEO: neve transforma a paisagem em São José dos Ausentes

De acordo com a Somar Meteorologia, deve gear em aproximadamente 70% dos municípios do Estado — inclusive em Porto Alegre, onde o dia deve ter início com termômetros registrando 2ºC. Somente na região litorânea é a que a chance de geada é pequena.

A neve, assim como na segunda-feira, está prevista para cidades como São José dos Ausentes, onde a mínima deve ficar em torno dos -4ºC, e em Bom Jesus, onde moradores terão de enfrentar temperaturas próximas aos -3ºC na madrugada.

E pra quem acha pouco, o frio promete ser ainda maior em função da sensação térmica. A Somar estima que a temperatura sentida pelos gaúchos que moram na região dos Campos de Cima da Serra pode ficar entre -10ºC e -15ºC no amanhecer de quarta. Mas, para quem achar muito, a boa notícia: a partir de sexta as mínimas e máximas devem ser mais elevadas.

Djalma Santos, bicampeão mundial pela seleção, morre aos 84 anos

UBERABA - O ex-jogador de futebol Djalma Santos, bicampeão mundial pela seleção brasileira, morreu aos 84 anos, em decorrência de uma pneumonia grave, em Uberaba (MG).
Jogador brilhou com a camisa da seleção brasileira - Eduardo Nicolau/Estadão
Eduardo Nicolau/Estadão
Jogador brilhou com a camisa da seleção brasileira
O ex-lateral estava internado desde o dia 1.º de julho, em estado grave na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Hélio Angotti, em Uberaba (MG). Boletim médico divulgado nesta terça-feira ainda informou que o paciente de 84 anos também passou a apresentar "comprometimento da função renal".
Vencedor com a camisa da seleção brasileira, Djalma Santos também acumulou títulos com as camisas de Portuguesa, Palmeiras e Atlético-PR. Diagnosticado com pneumonia, Djalma Santos acabou sendo internado pouco depois de a seleção brasileira vencer a Espanha por 3 a 0, no final da noite último dia 30 de junho, na decisão da Copa das Confederações.
Confira o boletim médico divulgado:
BOLETIM MÉDICO - Dejalma dos Santos (Djalma Santos)
23/07/2013(2) - 19h30
O Hospital Dr. Hélio Angotti comunica, com pesar, o falecimento do bicampeão mundial de futebol Dejalma dos Santos (Djalma Santos), em decorrência de uma pneumonia grave e instabilidade hemodinâmica culminando com parada cardiorrespiratória e óbito às 19h30.

Neve causa euforia nos moradores de Caçapava do Sul, na região central População não economizou nas fotos para registrar o fenômeno que foi a pauta do dia na cidade

Neve causa euforia nos moradores de Caçapava do Sul, na região central Heron Freitas/Arquivo Pessoal
A cidade amanheceu coberta de neve nesta terça-feira Foto: Heron Freitas / Arquivo Pessoal
Marcelo Barcelos
Com temperatura de 0,7°C, Caçapava do Sul amanheceu coberta de branco nesta terça-feira. Nas redes sociais e nas esquinas não se falou de outro assunto durante o dia.

Bastam alguns minutos caminhado pelas ruas da cidade, em qualquer dia do ano, para ouvir o lema do município : “Caçapava não se entrega”, frase perpetuada pelo soldado Lino Azambuja, durante a Guerra do Paraguai. Mas desde a madrugada de terça-feira, quando a neve cobriu casas, carros, ruas e campos, os 34 mil moradores, literalmente, se entregaram, ou melhor, se renderam à beleza do fenômeno mais esperado do inverno.

> Registrou o frio? Envie fotos para o Blog do Leitor> Calcule a sensação térmica na sua cidade
> VÍDEO: neve transforma a paisagem em São José dos Ausentes

Desde 1994, segundo informações da Prefeitura, não nevava com esta intensidade. Eram cerca de 5h da madrugada quando os flocos começaram a cair. Foi mais do que suficiente para que dezenas de moradores pulassem da cama antes do horário de costume para registrar um momento inesquecível. E teve tempo de sobra para contemplar a neve, que só desapareceu completamente às 11h.

— Que coisa mais linda. Achei que iria ser uma nevezinha, mas veio aos montes. Abri a porta e me esqueci do frio. Saí fotografando tudo antes de vir trabalhar — conta a estudante Eunice Fernandes, 25 anos, moradora do bairro Promorar.

Quando chegou no setor de agendamento da Secretaria da Saúde, onde faz estágio, não havia outro assunto.

— Foi deslumbrante. Eu me emocionei. Tá vendo que Caçapava não se entrega! — brincou a colega Clotilde Lopes Rodrigues, de celular em punho, mostrando mais fotos.





Neve é atração do dia e papo para a semana toda

Às 8h, quando a neve já havia parado de cair, a cidade estava coberta pelo branco. O Forte Dom Pedro II, ponto turístico do município, mudou de cor. A praça em frente à Igreja Matriz ofereceu um espetáculo aos moradores. A administradora Patricia Freitas, 33 anos, não perdeu a chance de eternizar o cenário.

— Quando e vi que estava nevando, corri para fotografar. Amei ver a neve. Parece outra cidaden — contou.

Mas nem todo mundo pôde sair e se divertir junto à neve. No Lar do Idoso Rosinha Borges, vovôs e vovós contemplaram os flocos que caíam do céu, mas dentro do asilo.

— A gente não pode sair, né? Tá um frio horroroso. Agora, ver tudo branquinho foi inesperado. Parecia que estávamos pertinho do céu — disse, encantada, a caçapavana aposentada Dorilda Bitencourt, 88 anos.
O clima era de êxtase para muita gente, ainda mais para quem nunca havia presenciado o fenômeno. O fotógrafo e relações públicas Heron Freitas, 37 anos, foi cedo para a rua. Às 7h, ele já percorria a cidade em busca das melhores fotos. Duas horas depois, concluiu.
— Nem sentimos tanto frio. A surpresa aqueceu todo mundo. Foi muito legal ver as pessoas felizes, curtindo o momento. 
De acordo com moradores, a neve começou a cair por volta das 5h e se intensificou às 7h. A Brigada Militar não registrou ocorrências relacionadas ao frio e à neve. Desde o início da onda de frio que atingiu a cidade, a prefeitura já distribuiu mais de 10 mil peças de agasalho doadas pela população. 

Morre o sanfoneiro Dominguinhos O maior herdeiro de Luiz Gonzaga estava internado desde janeiro e lutava contra câncer

Wagner Malagrini / DivulgaçãoO músico Dominguinhos, de 72 anos, faleceu na tarde desta terça-feira em São Paulo. Considerado o maior sanfoneiro do país, o instrumentista apresentava saúde frágil e lutava contra um câncer de pulmão há seis anos. O hospital informou à imprensa que o músico morreu às 18h em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas.
No final do ano passado, Dominguinhos teve várias paradas cardíacas e foi hospitalizado com quadro de arritmia e infecção respiratória na capital pernambucana. Em 17 de dezembro, foi admitido no hospital Santa Joana, em Recife. Em 13 de janeiro, foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Desde então não deixou mais o hospital e o seu estado de saúde oscilou em vários momentos. Na segunda-feira, foi anunciada a sua transferência para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sírio-Libanês, devido a várias infecções.
Dominguinhos passou mal poucos dias após um show realizado no dia 13 de dezembro, em homenagem a Luiz Gonzaga (1912-1989), na cidade de Exu. Ele foi considerado pelo próprio Rei do Baião, o seu maior herdeiro. Foi dele que ganhou, ainda criança, uma sanfona e o nome artístico.
O compositor, sanfoneiro e cantor José Domingos de Moraes nasceu em Garanhuns, em Pernambuco. Sua carreira se estendeu por mais de 50 anos – a primeira gravação foi aos 16 anos, em um disco de Luiz Gonzaga. O artista coleciona prêmios, entre eles o Grammy Latino de Melhor Disco Regional, em 2002, com Chegando de Mansinho; o Prêmio da Música Brasileira, conquistado em 2008; e o Prêmio Shell de Música, em 2010. Entre suas composições mais conhecidas estão De Volta pro Aconchego, Isto Aqui Tá Bom Demais, Gostoso Demais (parcerias com Nando Cordel), Abri a Porta (com Gilberto Gil), Quem Me Levará Sou Eu (com Manduca), Eu Só Quero Um Xodó e Tenho Sede (ambas com Anastácia).

Marília Mendonça: conheça história de um dos maiores nomes do sertanejo

  07/11/2021 18:49 em Música Entre bares, restaurantes e festas, uma frase era sempre recorrente: “toca uma música da  Marília Mendonça , qu...