quinta-feira, 16 de abril de 2015

Obras indicam quais casas não serão atingidas pela duplicação das BRs em Santa Maria Máquinas já trabalham perto de residências e empresas, revelando também áreas que serão desapropriadas

Obras indicam quais casas não serão atingidas pela duplicação das BRs em Santa Maria Deni Zolin/Agencia RBS
No sentido Santa Maria-São Pedro, essas casas à direita da pista não precisarão ser retiradas. Onde foram abertas as valetas (foto), serão feitas a ciclovia e a calçada, não atingindo as moradias Foto: Deni Zolin / Agencia RBS
As obras de duplicação das BRs de Santa Maria avançam e, em vários pontos, as máquinas já trabalham pertinho de casas e empresas, deixando claro por onde a rodovia passará e quais áreas precisarão ser desapropriadas para dar lugar à duplicação. O Dnit deu os primeiros detalhes de parte das moradias e empresas que serão retiradas e quais não serão atingidas.
Às margens da BR-287, do trevo da Santa Marta e até a CVI, as máquinas estão escavando buracos em frente às casas que ficam do lado da Santa Marta. Com isso, já fica claro que essas residências e empresas, da área ocupada, não precisarão ser retiradas. Onde hoje há as escavações, entre a rodovia atual e as casas, serão feitas só a ciclovia e a calçada. As novas pistas da duplicação serão construídas do outro lado da rodovia, entre a BR-287 e o Parque Pinheiro.


Do lado do Parque Pinheiro, perto do trevo da Santa Marta, algumas casas coladas à BR-287 terão de ser retiradas para dar lugar à duplicação
Nesse trecho, por exemplo, serão retiradas só casas que estão quase coladas com a rodovia, do lado do Parque Pinheiro, perto do trevo da Santa Marta (como a casa verde, na foto abaixo). Já outras casas, desse mesmo lado, perto dos bombeiros, não devem ser atingidas.

Do lado do Parque Pinheiro, perto dos bombeiros, maioria das casas não deve ser atingida. Por onde passará a rodovia, as árvores já foram cortadas

Segundo o Dnit, da Uglione até o trevo da Santa Marta, as novas pistas da duplicação estão sendo feitas do lado esquerdo, no sentido Santa Maria-São Pedro, atingindo 45 metros de largura a partir da faixa central da rodovia. Portanto, as revendas de veículos que estão hoje à esquerda da BR-287, em direção a São Pedro, serão retiradas para dar lugar à duplicação. E da CVI até a Ulbra, serão 35 metros de cada lado da rodovia. O Dnit está finalizando a contratação da empresa que falará com os moradores para negociar as desapropriações. Isso deve ocorrer nos próximos meses, mas ainda não há data para as visitas aos atingidos. Haverá audiência pública e mutirão de negociações na Justiça Federal. Famílias pobres devem ganhar indenização ou moradia em loteamento popular ou ter nova casa comprada. Já os demais poderão ou não receber indenização, pois cada caso é um caso.


No trecho entre o Distrito Industrial e a Ulbra, do lado do Parque Pinheiro, casas às margens da rodovia precisarão ser removidas. Essas famílias provavelmente serão indenizadas ou receberão outra moradia

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Travessia Urbana está com quase 10% da obra concluída Cinco empresas trabalham em uma extensão de 14,5km e custo de R$ 300 milhões

O prazo de conclusão da travessia, que envolve a duplicação de trechos da BRs 287 e 158, é de 30 meses (Fabiano Dallmeyer  / A Razão)A obra da travessia urbana de Santa Maria, que começou no dia 22 de dezembro do ano passado, alcançará os 10% de sua conclusão até o final deste mês, segundo o supervisor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) em Santa Maria, João Carlos Tonetto. O prazo de conclusão da travessia, que envolve a duplicação de trechos da BRs 287 e 158, é de 30 meses após o início da obra, portanto junho de 2017. Segundo Tonetto, cinco empresas estão trabalhando na obra, divididas em dois consórcios:
Continental, Ecoplan, Etel, Sogel e Sultepa. “Tudo está andando dentro da normalidade, até o final do mês chegaremos aos 10% da travessia concluída”, avalia.
A obra, orçada em R$ 309 milhões, além da duplicação de pistas, prevê ampliação e melhoramento do complexo viário urbano com implantação de viadutos, passagens inferiores, vias laterais e passarelas. Para isto, serão realizadas aproximadamente 300 desapropriações neste ano. O trabalho será feito via de conciliação com os residentes, através de compra assistida ou aluguel social.
Entre as alterações que serão geradas a partir da conclusão da travessia estão: a intersecção do Castelinho (entroncamento da BR-158 e da ERS-509) para aliviar o trânsito no local; o acesso ao Bairro Cerrito (com a substituição de viaduto); acesso ao Bairro Urlândia (com reforma da passarela); intersecção para Rosário do Sul (entroncamento das BRs 158 e 287), além das pontes para os arroios Cadena, Ferreira e Taquara.
SAIBA MAIS SOBRE A TRAVESSIA URBANA
A obra está orçada em R$ 309 milhões, oriundos de recursos federais.
- O total de extensão da obra será de 14,5km.
- A travessia está dividida em dois lotes: o lote 2 com 9,4 quilômetros entre o trevo da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e o Trevo da Uglione. Já o lote 1, que compreende um trecho de 5,1 quilômetros, vai do Trevo da Uglione até o Trevo do Castelinho
- Duplicação de trechos das BRs 287 e 158, além da criação de passarelas, viadutos e acessos na cidade.

domingo, 5 de abril de 2015

fotos Duplicacao br 287 santa maria rs 03.04.2015




































1.322 árvores serão cortadas para dar passagem à duplicação das BRs Mais de 22 mil árvores serão plantadas por conta das que estão sendo retiradas nas BRs 158 e 287

1.322 árvores serão cortadas para dar passagem à duplicação das BRs Jean Pimentel/Agencia RBS
Foto: Jean Pimentel / Agencia RBS
Para a duplicação das BRs acontecer, 1.322 árvores sairão das margens da 158 e da 287 no trecho da travessia urbana de Santa Maria. Para retirar as espécies ao longo dos 14,3 quilômetros da obra, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) assumiu o compromisso de transplantar 83 espécies imunes ao corte ou ameaçadas de extinção e plantar 22.083 mudas de árvores nativas da região em um novo local como forma de compensação.
As informações de como e onde isso será feito constarão em um Projeto de Reposição Florestal Obrigatória, que deverá ser aprovado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). O projeto está sendo elaborado pelo Dnit, que conta com a ajuda da empresa contratada para cuidar da gestão ambiental da obra. As toras cortadas devem ser doadas a vizinhos da obra.
Segundo o supervisor do Dnit, João Carlos Tonetto, algumas espécies já foram transplantadas no bairro Cerrito para áreas laterais à obra. Outras permanecem perto do viaduto de ferro e serão transplantadas no próximo domingo.
Na BR-158, Jerivá não foi cortado porque resiste ao transplante e será replantado em outro local (Foto: Jean Pimentel/Agência RBS)

Uma chama a atenção de quem passa pela 287. O Jerivá (Syagrus romanzoffiana) não está na lista das ameaçadas, mas será replantado porque sobrevive à remoção. Segundo a Ambienthos Consultoria Ambiental, serão transplantadas 20 árvores além das 83 exigidas. Destas, são mais 5 jerivás e 12 palmeiras leque. Segundo a empresa, também foram salvas bromélias e orquídeas. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) deu aval para as remoções e cortes e estabeleceu as medidas de compensação e de mitigação (minimização de danos) por meio de licença de instalação, em dezembro de 2014. A licença se baseia em uma resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) que permite o uso de Áreas de Preservação Permanente (APPs) para obras de utilidade pública ou de uso social. E são pelo menos oito APPs identificadas no trecho da travessia (veja mapa). Situação semelhante enfrentará a obra do hospital do Centro Universitário Franciscano, caso seja permitida a construção no bairro Nossa Senhora de Lourdes.


Foto: Ronald Mendes/Agência RBS

A travessia urbana é considerada a solução para os congestionamento. Mas, para o biólogo Renato Aquino Záchia, diretor do Jardim Botânico da UFSM, representa "investir em mais espaço para carros em vez de priorizar um transporte coletivo".
– É uma obra ecologicamente correta? É. Vai causar dano ambiental? Vai. O ecossistema levou milhões de anos para ser assim e isso é irreversível. A compensação nunca é total – diz o biólogo.

Desapropriações ainda preocupam moradores do entorno da BR-287 Vizinhos da travessia urbana ainda não sabem como situação será resolvida

Desapropriações ainda preocupam moradores do entorno da BR-287 Claudio vaz/Agencia RBS
Foto: Claudio vaz / Agencia RBS
Maurício Araujo
Há quase um ano, Dejanira Cardoso Facco, 64 anos, saiu do interior de Pedras Altas, na região da Campanha, para morar em Santa Maria. A vinda dela não foi uma escolha, mas a melhor opção para ajudar o marido, Liceu Antônio Somavilla Facco, 63 anos, que faz tratamento contra um câncer no pulmão no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Os aposentados, que vivem com recursos limitados, conseguiram comprar uma casa, sem escritura, às margens da BR-287. O que na época parecia uma conquista grandiosa, hoje se tornou um medo sem data para acabar. A residência é uma das que serão desapropriadas na obra da travessia urbana.
::Obra da duplicação das BRs anda em ritmo acelerado::
::1.322 árvores serão cortadas para dar passagem à duplicação das BRs::
A estimativa do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) é que cerca de 270 imóveis sejam atingidos com as obras de duplicação das BRs 287 e 158. Mas a forma como será feita a retirada das famílias desses locais ainda segue sendo um mistério. Indenização, realocação e judiciário são algumas opções cogitadas por moradores e comerciantes vizinhos das obras que já atingiram 10% de sua conclusão.
Via assessoria de imprensa, o Dnit informou que só será possível se reunir com os moradores para esclarecer os próximos passos depois da contratação de uma empresa de gestão ambiental que atuará na remoção das famílias. Será esta empresa que tratará com os moradores e comerciantes sobre possíveis indenizações e realocações. Ainda conforme o Dnit, o contrato com a empresa está sendo homologado. O departamento assegura que “enquanto não tiver uma solução efetiva sobre a remoção das famílias que estão no traçado da obra, nada deste empreendimento será executado de forma a comprometer a rotina das comunidades”.
Estrada vai ocupar o pátio
Ao lado da casa do aposentado José Gonçalves, 82 anos, as máquinas já estão escavando o terreno que vai se transformar em estrada. As obras vão ocupar metade do pátio dele.
– Será que vou ganhar algo com isso? – questiona o idoso.
As obras passarão também pelo terreno do aposentado Alfredo Saidelles, 74 anos. Segundo ele, quando a atual rodovia foi construída, em meados dos anos 1970, ele teve que recuar o terreno de sua propriedade em cerca de seis metros, sem receber nada. Agora, Saidelles diz que não vai abrir mão dos valores.
– Estou aqui há 46 anos. Por mim, nunca venderia nenhum terreno – diz ele.
O Dnit afirma que as desapropriações não comprometem o andamento da duplicação. A empreitada deve ser concluída em 2017.
Defensoria pode ajudar moradores
Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), no caso de imóveis regulares, em que há escritura registrada em cartório, a situação se resolveria com um contrato de compra e venda. Já com relação aos imóveis irregulares, cada caso terá de ser avaliado separadamente com a empresa de gestão ambiental.
Juliano Ruschel, defensor público do Estado que participa do Núcleo de Defesa Agrário e Moradia do Rio Grande do Sul, explica que as famílias podem buscar auxílio na Defensoria Pública da União e do Estado, para serem orientadas. Conforme ele, é de praxe que, nestes casos, as famílias que sairão de casa recebam assistência dos órgãos que realizam as obras.
– Certamente, os moradores serão assistidos e não ficarão desamparados. Mas, em caso de dúvidas, é interessante procurar a Defensoria – diz Ruschel.

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