Catarinense perde filha em incêndio na boate Kiss, em Santa Maria

A adolescente Mariana Comassetto, de 18 anos — filha de uma catarinense de Concórdia — está entre as vítimas do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul.




A jovem nasceu na cidade gaúcha, onde morava com a família. Mas a mãe dela, Leila Aparecida Comassetto, 45, é natural de Concórdia, assim como parte dos familiares. Entre eles, o vereador recém-eleito de Concórdia e ex-prefeito de Ipira (1993-1996), Vilmar Comassetto, tio da adolescente e irmão de Leila.



Mariana foi enterrada no final da tarde deste domingo. Segundo o vereador, o corpo dela foi um dos primeiros a serem identificados. O velório ocorreu no período da tarde, assim que o corpo da jovem foi liberado, no início da manhã.

O corpo de Mariana foi um dos primeiros identificados


Foto: Arquivo pessoal



Vítimas do Estado



O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, resultou na morte de três catarinenses. Foram confirmados os nomes de Bruna Karoline Occai, Thaís Zimmermann Darif e Isabella Fiorini.



Nascida na cidade de Belmonte, no Extremo-Oeste Catarinense, Bruna Karoline, de 24 anos, era formada em Biomedicina e cursava Mestrado em Bioquímica Toxicológica, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Em sua última postagem no Facebook, no último dia 20 de janeiro, a jovem deixou a seguinte mensagem: "O que é seu, chega com o tempo... O que não é, se vai com ele...".



Thaís Darif, de 19 anos — natural de Guaraciaba, no Extremo-Oeste — foi morar no Rio Grande do Sul no segundo semestre do ano passado, quando passou no curso de Medicina Veterinária, na UFSM. Ela morava junto com uma amiga, também catarinense, Isabella Fiorini, 19 anos — de São Miguel do Oeste, no Extremo-Oeste do Estado — que também morreu no local.



A tragédia



O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada de domingo, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, teria usado efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna.



Sem conseguir sair do estabelcimento, mais de 200 jovens morreram e outros 100 ficaram feridos. Sobreviventes dizem que seguranças pediram comanda para liberar a saída, e portas teriam sido bloqueadas por alguns minutos por funcionários.



A tragédia, que teve repercussão internacional, é considera a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos útimos 50 anos no Brasil.