quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

71 feridos de Santa Maria estão em estado 'crítico', diz ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta quinta-feira (31) que 71 feridos após o incêndio na boate de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, estão internados em UTI em estado "crítico" e "correm risco de óbito". Segundo o ministro, o número de mortos permanece em 235: 234 no dia do incidente e um paciente internado que morreu dias depois.




"São 127 os internados hoje em Santa Maria, Porto Alegre, Ijuí e Caxias. Dos 127, 71 estão em estado crítico, na UTI. Correm risco de óbito. Antes eram 75, mas quatro evoluíram bem. [...] Mantemos o alerta para os jovens que estiveram no local e tiveram tosse, que procurem o serviço de saúde", disse o ministro. De acordo com Padilha, não há previsão de alta da UTI para os pacientes em estado grave.





O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (Foto:

Valter Campanato / Agência Brasil)Padilha lembrou que quem não se feriu no local ainda corre o risco de pneumonia química, por inalação de toxinas. "A possibilidade [de efeitos no pulmão após o incêndio] reduz ao longo dos dias. Reduziu muito, nas últimas 24 horas, o número de pessoas que procuraram o serviço de saúde, mas mantemos o alerta."



O ministro, que conversou com jornalistas após uma conferência com médicos e autoridades do Rio Grande do Sul, afirmou ainda que dos 71 em estado grave, 20 são "grandes queimados", com queimaduras graves, e 51 apresentam problemas pulmonares. A maioria dos internados em estado grave estão em Porto Alegre.



"Eu diria que estamos, numa situação como essa, avaliando permanentemente [os desdobramentos da tragédia]. Nesta primeira etapa conseguimos todas as ações necessárias para salvar vidas. Tudo o que for necessário para salvar vidas, nós faremos. O que não estiver ao alcance do Brasil, vamos buscar em outros países. Recebi solidariedade de ministros do mundo todo", afirmou Padilha.



O ministro da Saúde informou que os pacientes com problemas pulmonares receberão auxílio de especialistas do Canadá. Nos casos mais graves, eles auxiliarão os médicos brasileiros na na aplicação de uma técnica de ventilação que permite uma recuperação pulmonar mais rápida. Conforme Padilha, há médicos brasileiros capacitados nessa técnica, mas a Universidade de Toronto é referência. A equipe do Canadá chega neste sábado (2) ao Rio Grande do Sul, informou o ministro.


Em relação aos 20 com queimaduras, Padilha disse que doações de pele recebidas de outros estados foram suficientes. "Desde o começo, o ministério moblizou os principais bancos de pele no Brasil, que até agora atendeu a demanda", frisou o ministro, completando que o país recebeu pele de Argentina e Chile, ainda não utilizada. Segundo ele, Peru e Cuba também ofereceram ajuda para o banco de pele.




Além disso, disse Alexandre Padilha, outros profissionais do Canadá e também dos Estados Unidos e Argentina integrarão o gabinete de crise instalado em Santa Maria para coordenar o atendimentos aos feridos e familiares. "O ministério vai fazer videoconferência diária com especialistas, inclusive estrangeiros [sobre a situação na cidade]", completou o ministro.



Ele disse que o gabinete deve funcionar pelo menos até o dia 18 de fevereiro, quando será reavaliado se há necessidade de permanência no local. Conforme Padilha, a presidente Dilma Rousseff acompanha os trabalhos no local.



Pessoas já atendidas

Segundo o ministro, 577 atendimentos foram feitos em Santa Maria desde o domingo (27), dia da tragédia. Destes, 374 pacientes tiveram alta. Entre os demais, parte está internada e parte acabou sendo transferida para cidades da região metropolitana.



Alexandre Padilha lembrou que não há falta de sangue em Santa Maria, mas que é importante a doação de sangue. "Em nenhum momento o estoque de sangue foi comprometido. Mas quem quiser doar sangue, é sempre importante. Pode ser na sua cidade, não precisa ir a Santa Maria", destacou.



Causas da tragédia

Quatro dias após o incêndio na boate Kiss, de acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores, é possível afirmar que:


- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.


- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.

- A banda comprou um sinalizador proibido.

- O extintor de incêndio não funcionou.

- Havia mais público do que a capacidade.

- A boate tinha apenas um acesso para a rua.

- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.

- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.

- 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.

- Equipamentos de gravação estavam no conserto.


fontes http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/01/71-feridos-de-santa-maria-estao-em-estado-critico-diz-ministro-da-saude.html


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