segunda-feira, 24 de junho de 2013

Bebê viaja 270 quilômetros para ser internado em UTI, após espera de cinco dias

Um bebê teve que viajar 270 quilômetros para ser internado em UTI pediátrica, após uma espera de cinco dias. Natural de Pelotas, Icaro Otavio Silveira Loff, de dois meses, entrou para a emergência pediátrica no Pronto Socorro Municipal de Pelotas na quinta-feira. Ele teve complicações derivadas de uma bronquiolite e chegou a ter duas paradas cardíacas, de acordo com a família. Com estado grave, precisava ser deslocado para uma UTI pediátrica com urgência.
No entanto, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, não havia leitos. No sábado, a família entrou com uma ordem judicial para ser internado dentro de 24 horas. Mesmo com o pedido, o Estado só encontrou vaga para o menino nesta segunda-feira. Inicialmente, ele seria levado a Lajeado mas, mais tarde, foi definido que ele viajaria até Canoas, a cerca de 270 quilômetros de distância. A família e o paciente chegaram à cidade da Região Metropolitana no início da noite de segunda-feira
— No sábado, houve uma suspeita de gripe A na criança. E a orientação para esses casos é internar em leitos de isolamento pediátricos, porém só há cinco deles no Estado, que estavam ocupados. Foi preferível esperar o resultado do exame, que chegou na noite de domingo, para ver qual medida tomar. O resultado foi negativo e assim conseguimos um leito de UTI pediátrica regular em Lajeado, pois os da região Sul seguiam lotados — explica o coordenador da 3ª Coordenadoria Regional da Secretaria Estadual de Saúde, Milton Martins.
A mãe e dona de casa Rosana Teixeira Silveira, 19 anos, acompanhou a criança. O pai Jeferson Edivino Oliva Loff, 23 anos, e o avô João Carlos Pla Silveira, 61 anos, fizeram o trajeto de carro.
— Com certeza é um gasto enorme, com acomodação na cidade, com advogado para entrar na Justiça e tudo mais. Mas o pior de tudo é a situação que colocam meu filho, sem atendimento adequado. Isso é um absurdo — desabafou o pai.
A falta de leitos em UTI pediátrica e neonatal é uma situação recorrente no Estado. Zero Hora já noticiou o caso do bebê Diego, em março deste ano, que demorou três dias para conseguir leito, ele foi de Santa Vitória do Palmar até Porto Alegre. Situação semelhante ocorreu na mesma cidade com o caso da mãe de gêmeos Elisiane San Martins. Em novembro de 2011, ela teve de viajar mais de 500 quilômetros para dar à luz os bebês.

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