Nos últimos dois meses, foram encontrados 14 focos do Aedes aegypti
(transmissor da dengue). Conforme a Vigilância em Saúde da prefeitura,
no total, 33 já foram achados desde o início do ano. Apesar de não haver
nenhuma pessoa doente na cidade (o que inviabiliza, por enquanto, a
proliferação da doença), é melhor não dar chance ao azar. De acordo com a
4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), os números alarmantes
podem ser resultado da falta de cuidado da comunidade somado ao número
insuficiente de agentes em saúde para combater possíveis focos.
– Para controlar o avanço do mosquito, seria importante fazer uma
grande mobilização em Santa Maria, de mutirões e visitas em todas as
casas – diz Ilse Melo, titular da 4ª CRS.
No dia 8 de abril, a prefeitura recebeu um ofício informando que a
cidade foi enquadrada na categoria de município infestado pelo mosquito.
Segundo o coordenador de Vigilância Ambiental em Saúde, Carlos Flávio
da Silva, o setor conta com apenas 16 agentes para fiscalizar mais de
109 mil imóveis, o que seria insuficiente para identificar todos as
larvas e mosquitos e controlar a propagação.
– Não temos condições de conter as larvas. Sabíamos que chegaria um
momento em que a luta seria inglória – comentou o coordenador.
As margens das rodovias e o entorno da rodoviária são os locais de
maior preocupação. No bairro Nossa Senhora de Lourdes, foram capturadas
17 larvas em cinco meses.
A partir do estudo de viabilização de como trabalhar diante deste
novo panorama, concluído nesta semana, a Secretaria de Saúde deve
analisar o material e identificar as medidas mais viáveis para
solucionar o problema.
287 armadilhas estão espalhadas
Atualmente, 287 armadilhas auxiliam na captura de larvas. Algumas,
como as do bairro Nossa Senhora de Lourdes e Medianeira, perderam a
utilidade e tiveram de ser retiradas após a confirmação de expansão do
raio de foco. Conforme o setor de Vigilância Ambiental da prefeitura,
com a propagação das larvas, a cada dois meses, todos os imóveis deverão
ser visitados.
Outras duas cidades da região – São Sepé e Santiago – também estão
com o status de município infestado. Segundo o coordenador técnico da
Vigilância Ambiental da 4ª CRS, Paulo Duarte, a coordenadoria tem
disponibilizado equipes para ajudar.
– Entre os municípios infestados, São Sepé é o que está mais controlado. – afirma Duarte.
Prevenção para evitar a contaminação
Para a superintendente de Vigilância em Saúde, Selena Michel, a ajuda
da população é fundamental para combater o mosquito transmissor da
dengue:
– A comunidade precisa ajudar. Se todos fizerem a sua parte, é meio caminho andado.
Nesse sentido, alunos do 9º ano da Escola Medianeira estão realizando
um trabalho de prevenção contra o mosquito da dengue. Cerca de 15
estudantes elaboraram cartazes, maquetes de pátios adequados para a não
proliferação, mapas das regiões afetadas, gráficos do crescimento, além
de folderes e adesivos de alerta.
Nesta quarta-feira pela manhã, os alunos realizam visitas em algumas
casas do bairro Medianeira para explicar à população o que é e como se
dá a proliferação das larvas, entregando materiais informativos e
analisando os pátios das casas.
– Realizamos uma pesquisa sobre a propagação da dengue e elaboramos
folderes informativos. Nessa atividade, nossa intenção é bater de casa
em casa. Os alunos vão trabalhar para alertar a população – comenta a
professora Ana Cristina Gehlen, que teve a iniciativa de desenvolver o
trabalho preventivo junto à turma.
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